A manhã desta segunda-feira, 2 de junho, ficará marcada como um dos momentos mais alarmantes vividos pela comunidade da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Um artefato com aparência de bomba caseira foi encontrado nas imediações do Centro Pedagógico Paulo Freire, na Cidade Universitária Dom Delgado, no Bacanga, em São Luís. Segundo a própria instituição, o objeto foi inicialmente avistado por um agente de limpeza, que alertou as autoridades competentes.
A Polícia Militar e o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foram acionados e realizaram a retirada do objeto, transportando-o para uma área isolada, onde foi feita a detonação controlada. A Polícia Federal também esteve no local e assumiu a investigação para identificar os responsáveis pelo episódio. As câmeras de segurança da universidade estão sendo analisadas na tentativa de encontrar pistas.
Apesar da gravidade do ocorrido — que causou pânico entre estudantes, professores e técnicos administrativos —, a administração da UFMA, comandada pelo reitor Fernando Carvalho, publicou uma nota oficial tentando minimizar os impactos. A nota afirma que “todas as medidas de segurança foram adotadas de forma imediata” e que “as atividades acadêmicas e administrativas seguem normalmente”.
Essa postura revela uma desconexão total com a realidade e uma enorme insensibilidade diante do medo e da insegurança vivenciados pela comunidade universitária. A manutenção das atividades “normalmente”, mesmo após a descoberta de um artefato explosivo em plena área de circulação estudantil, mostra o quanto a gestão atual tem tratado a vida das pessoas com descaso e irresponsabilidade.
Não é de hoje que a comunidade acadêmica cobra investimentos na segurança patrimonial da UFMA. O campus Bacanga tem se tornado um ambiente cada vez mais hostil, com decisões equivocadas de alguns pró reitores e do próprio centralismo de contratos no gabinete da reitoria (extremamente suspeitos) a descoberta de um explosivo apenas escancara uma crise que vem sendo negligenciada desde que Fernando Carvalho, Danilo Lopes e Marcos Moura resolveram brincar de administrar !
Estudantes, professores e técnicos administrativos estão em estado de pânico. A sensação generalizada é de abandono. A gestão de Fernando Carvalho falha gravemente em oferecer o mínimo: segurança e bem-estar para aqueles que constroem a universidade. A UFMA está à mercê da violência, e, enquanto isso, a reitoria se limita a notas formais, sem anunciar qualquer medida concreta de reforço ou reestruturação da segurança.
A comunidade exige mais que discursos: exige ação. É inadmissível que uma universidade federal permita que seu espaço seja ameaçado por atos de tamanha gravidade e ainda insista em manter a normalidade, como se nada tivesse acontecido.
O blog seguirá denunciando a negligência e cobrando a responsabilidade da gestão. A vida universitária precisa ser defendida com seriedade — não com notas frias e medidas paliativas. A UFMA precisa, urgentemente, de uma gestão eficaz, transparente e construída com a participação da comunidade. Porque não se constrói educação sob o medo e o autoritarismo !