segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Eleição: advocacia escolhe novo comando da OAB-MA nesta segunda
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Senado foi evacuado após explosão com morte na praça dos Três Poderes
terça-feira, 12 de novembro de 2024
Após ação do MP, São Luís terá seis meses para asfaltar e drenar ruas da Cidade Operária
A Prefeitura de São Luís foi condenada a executar, em um prazo máximo de seis meses, a pavimentação asfáltica e obras de drenagem das ruas da Unidade 203, no bairro Cidade Operária. A decisão atende a uma ação do Ministério Público do Maranhão (MPMA), que destacou o estado precário das ruas e a ausência de infraestrutura adequada, problemas que vêm comprometendo a qualidade de vida dos moradores.
Segundo o MPMA, as ruas da Unidade 203 estão em péssimo estado de conservação, sem pavimentação asfáltica e com problemas sérios de drenagem, resultando em transtornos para a população. O laudo técnico, emitido pela Coordenadoria de Obras, Engenharia e Arquitetura, apontou que toda a área vistoriada apresenta problemas na pavimentação, com deterioração mais intensa nos cruzamentos e pontos próximos às sarjetas. Com a demora nas obras, moradores têm tentado amenizar os danos, preenchendo buracos com entulhos, restos de cerâmica e tijolos para facilitar o tráfego.
A sentença ressalta que o caso envolve responsabilidade da Prefeitura por dano ambiental e cita a necessidade de melhorias na infraestrutura e saneamento básico como uma questão de proteção ambiental e dignidade humana. A Constituição Federal e o Estatuto da Cidade (Lei n.º 10.257/2001) asseguram aos cidadãos o direito ao meio ambiente equilibrado e às condições mínimas de infraestrutura urbana, reforçando que o município é responsável por prestar serviços públicos de interesse local e promover a qualidade de vida da população.
O juiz Douglas Martins, responsável pela sentença, enfatizou que o direito de ir e vir é um direito fundamental que deve ser garantido a todos. Ele declarou que, sem uma infraestrutura básica adequada, a população sofre com uma violação da dignidade humana, situação que a sentença visa corrigir.
O prazo de seis meses estipulado para o cumprimento da decisão gera expectativa entre os moradores da Unidade 203, que aguardam por uma solução para os problemas de infraestrutura que têm enfrentado há anos. Além da pavimentação, as obras de saneamento básico e drenagem são essenciais para garantir o escoamento das águas da chuva e evitar alagamentos, além de melhorar as condições de saúde e segurança na região.
A sentença destaca que, ao promover obras de saneamento e pavimentação, a Prefeitura não apenas cumpre com suas obrigações legais, mas também contribui para um ambiente urbano mais seguro e saudável para todos os cidadãos.
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segunda-feira, 11 de novembro de 2024
Comércio da Grande Ilha de São Luís está autorizado a funcionar no feriado desta sexta-feira (15)
Concurso irregular em Tutóia: prefeito enfrenta possível afastamento e bloqueio de bens
Em uma situação de tensão política e jurídica, o prefeito de Tutóia, Raimundo Nonato Abraão Baquil, corre o risco de ser afastado do cargo e ter seus bens bloqueados após descumprir uma decisão cautelar do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA). A determinação do TCE, emitida em resposta a denúncias de irregularidades no processo seletivo, exigia a suspensão imediata do concurso público regido pelo Edital nº 001/2024.
O concurso, que oferece 204 vagas para diversos cargos na administração municipal, foi alvo de questionamentos em razão de problemas detectados pelo TCE-MA. A principal alegação refere-se ao limite de despesas com pessoal, que estaria em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Além disso, a contratação da Universidade Patativa do Assaré para organizar o certame sem a realização de licitação levantou dúvidas sobre a legalidade do processo. O tribunal apontou ainda o impacto financeiro negativo que a contratação e o preenchimento das vagas poderiam causar aos cofres públicos do município.
Mesmo diante da ordem de suspensão, o prefeito e sua equipe não interromperam o concurso, o que levou o TCE-MA a cogitar medidas mais severas para garantir a execução de sua decisão. Entre as sanções, além do possível afastamento do prefeito, o tribunal estuda o bloqueio dos bens do gestor e dos envolvidos, como medida para assegurar a devolução dos valores arrecadados com as inscrições do concurso. Esses recursos foram diretamente encaminhados para a conta da empresa contratada, o que configura um descumprimento das normas que exigem que tais valores sejam destinados ao município.
A situação coloca Raimundo Nonato Abraão Baquil sob pressão para se adequar às exigências do TCE-MA e garantir a transparência no processo de seleção de servidores. Caso persista o descumprimento, o órgão poderá tomar ações ainda mais contundentes para salvaguardar o interesse público, dando continuidade às investigações e aplicando sanções cabíveis.
A situação em Tutóia representa um caso emblemático no Maranhão sobre a importância da fiscalização nos processos de contratação pública e o cumprimento das leis de responsabilidade fiscal, especialmente no encerramento de mandatos.