A Associação de Moradores de Presidente Médici tornou pública uma nota de repúdio contra o abandono do projeto de construção do IEMA Vocacional Santa Teresa e criticou severamente a Câmara de Vereadores do município por apoiar a proposta de instalação de uma escola cívico-militar no local originalmente destinado à educação técnica profissional.
Fundada em 1978, a entidade classifica como “irresponsável e desrespeitosa” a conduta dos parlamentares locais e lembra que o terreno em questão foi doado exclusivamente para abrigar um Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) voltado às vocações do campo. O projeto, segundo a Associação, foi idealizado para impulsionar o desenvolvimento regional por meio de cursos técnicos nas áreas de Agricultura, Pecuária, Comércio, Indústria e Saúde, além da possibilidade futura de cursos tecnólogos de nível superior.
A ideia foi formalizada em evento oficial com a presença do então governador Flávio Dino, ocasião em que foi assinado um termo de compromisso com a população. Para os moradores, o não cumprimento do acordo representa um “retrocesso inaceitável” e a possível mudança de finalidade do prédio é considerada uma afronta à comunidade e ao interesse público.
“A proposta de criar uma escola cívico-militar no local não responde às reais necessidades de nosso povo. Já temos ensino médio regular no município. O que precisamos é de formação técnica e profissional que garanta emprego e dignidade”, destaca a nota.
A Associação cobra quatro ações imediatas:
1. Retomada das obras do IEMA Vocacional Santa Teresa;
2. Respeito à finalidade original da doação do terreno;
3. Reposicionamento da Câmara de Vereadores em favor da educação técnica de qualidade;
4. Devolução do terreno à Associação caso o Governo do Estado não dê continuidade ao projeto.
“Não aceitaremos que acordos públicos construídos com a participação popular sejam desconsiderados por interesses políticos momentâneos. Queremos o IEMA Vocacional. E se ele não vier, queremos de volta o que é nosso por direito de posse”, conclui o documento.
A manifestação tem gerado mobilização nas redes sociais e entre lideranças comunitárias, que prometem intensificar a pressão sobre autoridades estaduais e municipais para que o projeto original seja respeitado.