A chamada “modernização” aprovada recentemente na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) tem gerado fortes críticas dentro da comunidade acadêmica. O processo, segundo representantes internos, foi marcado por irregularidades, incluindo a participação de conselheiros que não teriam legitimidade para votar, como no caso dos representantes estudantis, apontados como indicados “a toque de caixa”.
De acordo com críticas levantadas, caso entidades como a Apruma (Associação dos Professores da UFMA) ou sindicatos da instituição decidam judicializar o processo, há risco de derrota jurídica para a reitoria, uma vez que a legalidade da aprovação seria questionável.
Apesar do discurso de que haveria avanços administrativos e acadêmicos, os opositores afirmam que a comunidade universitária não percebeu efeitos positivos concretos. Os principais problemas relatados são:
- Demora na implementação das mudanças, revelando falta de maturidade na condução da proposta;
- Persistência de entraves administrativos, como burocracia e atrasos processuais;
- Ausência de melhorias acadêmicas, com a manutenção dos mesmos desafios estruturais.
Na prática, avaliam críticos, “nada mudou”.
Um dos pontos mais polêmicos diz respeito às Funções Gratificadas (FGs). Antes vinculadas aos departamentos, agora estão sob gestão direta da Reitoria. Para opositores, essa alteração ampliou o poder do reitor Fernando Carvalho, que teria maior controle para distribuir cargos e gratificações de acordo com interesses políticos internos.
Segundo relatos, promessas feitas durante a aprovação – como a destinação das FGs para a pós-graduação – não foram cumpridas. Ao contrário, o redirecionamento das funções estaria sendo usado como instrumento de barganha em processos eleitorais internos da universidade.
Além das críticas à modernização, surgem também denúncias envolvendo o uso das fundações de apoio à UFMA. Há investigações em andamento no Ministério Público Federal (MPF) relacionadas à distribuição de bolsas e à suposta utilização político-administrativa desses recursos.
Caso confirmadas, as denúncias podem ampliar o desgaste da atual gestão e reforçar o sentimento de descontentamento entre servidores, professores e estudantes.
O cenário na UFMA, portanto, é de crescente tensão. Enquanto a gestão defende o processo como um passo em direção à modernização institucional, setores da comunidade acadêmica avaliam que as mudanças aprofundaram os problemas já existentes e abriram espaço para práticas consideradas políticas e centralizadoras.
Em tempos: Enquanto alguns aliados de Fernando fazem um “tour” pela Europa, outros se articulam com grupos interessados em depor o “rei”. Surge, de dentro do próprio grupo, uma candidatura que pode substituir o desgaste do atual gestor.
Em tempos 2: A articulação com um grupo de estudantes que elegeu o atual reitor parece que dará resultado nas eleições de centro e departamento que se aproximam. Caso isso se confirme, será um escárnio para a PROAES! Vale a pena conferir.
Em tempos 3: Ouvimos falar de um protesto e de possíveis imagens aéreas, feitas por drone, de um navio que está à deriva. Mas essa será uma matéria exclusiva, com apoio e informações do MEC. Enquanto isso, a Pró-Reitoria de Planejamento continua dormindo!