O ministro do Esporte, André Fufuca, voltou a figurar entre os nomes de destaque da política nacional, mas por razões que revelam um curioso contraste. Mesmo afastado do mandato de deputado federal, o maranhense foi incluído pela consultoria Arko Advice na lista “Elite Parlamentar 2025”, que reúne os parlamentares mais influentes do país.

A presença de Fufuca na relação chama atenção pelo fato de ele estar licenciado da Câmara dos Deputados desde que assumiu o comando do Ministério do Esporte. Ainda assim, foi citado como um dos políticos que manteriam relevância se continuassem no exercício do mandato. Para muitos, o reconhecimento representa prestígio entre os pares; para outros, reforça a ideia de uma “elite” política distante do eleitor comum.
Se no campo da influência parlamentar Fufuca ainda aparece bem colocado, o mesmo não pode ser dito de sua imagem perante a população. Um levantamento da CB Consultora Opinión Pública apontou o ministro como o menos popular e o pior avaliado entre todos os integrantes do governo Lula.
A pesquisa, que mede a percepção popular sobre os ministros, mostra que o desempenho de Fufuca na Esplanada está longe de empolgar. O resultado sugere que o reconhecimento institucional e a aceitação pública caminham em direções opostas no caso do político maranhense.
O contraste entre os dois rankings evidencia o abismo entre a política de bastidores e a avaliação popular. Enquanto a consultoria Arko Advice o coloca entre os “grandes articuladores” do Congresso, a opinião pública o vê como um ministro de poucos resultados práticos.
Desde que assumiu o Ministério do Esporte, Fufuca tem sido mais lembrado por nomeações e alianças políticas do que por ações concretas na área esportiva. A ausência de políticas robustas e a falta de visibilidade do ministério sob sua gestão têm alimentado críticas e desconfiança entre eleitores e analistas.
A nova posição de Fufuca na lista da Arko Advice pode até render manchetes positivas, mas a popularidade em queda deixa um alerta: influência política não se traduz, necessariamente, em aprovação popular.
Para o ministro, o desafio agora é transformar o prestígio institucional em resultados visíveis e tangíveis, capazes de reconquistar a confiança do público — especialmente no momento em que o governo federal busca reforçar sua imagem junto às bases sociais.
Enquanto isso, o título de “Elite Parlamentar” soa mais como ironia do que como mérito. Afinal, como destacam os críticos, de elite ele pode ser — mas de popular, nem tanto.














