Enquanto a grande maioria dos empresários ainda estão envolvidos com a alta da movimentação no final de ano, confraternizações e até férias, o mercado prepara um 2026 com grandes desafios e trazendo mudanças que podem surpreender quem não está se preparando para os próximos anos.
O empresariado maranhense está prestes a atravessar uma das maiores transformações das últimas décadas. E quem não se preparar agora, em 2025, corre o risco real de ter prejuízos, travar operações, perder competitividade ou até enfrentar situações de autuação e responsabilização.
Dois pontos são absolutamente centrais — Reforma Tributária e NR-1 — e não podem mais ser empurrados para frente. Eles vão mexer com a rotina das empresas todos os dias, do fluxo de caixa à folha, do faturamento à saúde do trabalhador.
E vou ser direto: se você tem empresa no Maranhão, pequena ou grande, e ainda não começou a se adaptar, está atrasado.
A Reforma Tributária será a maior mudança em meio século. A partir de 2026, o sistema tributário brasileiro começa a virar do avesso. Não é exagero — é fato.
O ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI estão sendo substituídos por dois novos tributos: IBS (estadual/municipal) e CBS (federal).
O que isso significa na prática?
A forma de emitir nota fiscal muda.
A formação de preços muda.
O fluxo de caixa muda — e muito.
A contabilidade e o setor fiscal vão ter que ser reconstruídos.
E todo empresário vai precisar revisar contratos, sistemas, software e rotinas internas.
O Maranhão, que já enfrenta desafios estruturais, não pode se dar ao luxo de ficar para trás. Quem não se ajustar, vai pagar mais do que deve — ou pagar multas por erros que poderiam ser evitados.
A transição vai até 2033, mas os impactos reais começam já em 2026.
É como se todo mundo estivesse sendo obrigado a aprender um novo idioma tributário. E quem não aprender, não se comunica — não vende — não opera.
Enquanto a Reforma Tributária muda a forma de pagar impostos, a NR-1 muda a forma de cuidar dos trabalhadores, dever que ninguém pode fingir que não existe
Com o novo GRO (Gestão de Riscos Ocupacionais) e PGR obrigatório, todas as empresas — TODAS — precisam:
fazer mapa completo de riscos;
atualizar procedimentos de segurança;
revisar PGR, LTCAT e ASO;
incluir riscos psicossociais (estresse, pressão excessiva, assédio, ambiente tóxico);
comprovar prevenção documental.
E não adianta dizer que “é caro” ou que “não tem tempo”.
Mais caro é ser autuado.
Mais caro é responder processo.
Mais caro é perder funcionário por adoecimento.
A verdade é simples: a NR-1 se tornou um divisor entre quem cumpre a lei e quem vive perigosamente à margem dela.
No Maranhão, onde muitos negócios ainda funcionam com processos antigos, essa exigência vai pegar muita gente desprevenida. E não deveria.
Outros pontos que merecem atenção (e não são pequenos) Além dos dois grandes pilares, há mudanças que vão bater à porta de qualquer empresa maranhense:
Open Finance e o sistema bancário
Novas regras do Banco Central estão mudando o crédito, a portabilidade e a relação com bancos e fintechs. Fluxo de caixa e endividamento serão impactados.
LGPD e dados sensíveis
A ANPD apertou o cerco: dados trabalhistas, de saúde e biometria terão exigências mais rígidas.
Quem não cuidar, paga caro.
Segurança cibernética
Com tudo integrado, basta um ataque para parar uma empresa inteira — e isso tem acontecido cada vez mais.
ESG e exigências de mercado
O que era “moda” virou critério de contrato, especialmente para empresas que querem vender para grandes grupos ou para o setor público.
A escolha é clara: se preparar ou ficar para trás
O Maranhão já enfrenta desafios demais: baixa industrialização, acesso difícil a crédito, custos logísticos altos e energia cara.
Mas o cenário agora é diferente:
não estamos falando de obstáculos externos — e sim de obrigações legais e estruturais que cairão no colo de todas as empresas.
Quem se preparar antes, ganha vantagem. Quem ignorar, ficará travado.
E o empresariado maranhense não pode mais ser reativo.
Não é hora de esperar.
É hora de se antecipar, aprender, adaptar e se profissionalizar.
Se você quer manter sua empresa viva, saudável e competitiva em 2026, comece agora:
Estude a Reforma Tributária.
Adapte-se à NR-1.
Revise sua contabilidade, sua saúde ocupacional, seus contratos e a segurança de seus dados.
Treine sua equipe.
Profissionalize sua gestão.
O futuro não vai esperar o Maranhão se organizar. Mas o Maranhão pode, sim, se colocar à frente — se agir agora.
Vamos preparar nossas empresas, proteger nossos trabalhadores e fortalecer a economia do estado.
Esse é o caminho. Esse é o dever de todos nós.
Se precisar de ajuda em algum tópico listado aqui, conte comigo!
*Analista de Sistemas, Consultor de Empresas, Empresário, Ex-Deputado Federal e Ex-Secretario de Indústria, Comércio e Energia












