Uma denúncia considerada grave foi levada à tribuna da Câmara Municipal de Caxias e reacendeu o debate sobre a aplicação dos recursos da educação no município. O vereador Daniel Barros afirmou que os profissionais da rede municipal não irão receber o rateio do FUNDEB, benefício garantido por lei e que tem sido pago em diversos municípios do país como forma de valorização dos educadores.
Segundo o parlamentar, a ausência do rateio estaria relacionada a supostos esquemas dentro da própria estrutura da educação municipal. Um dos exemplos citados por Daniel Barros envolve a chamada “escola comunitária Gentilzinho”, que, de acordo com a denúncia, funciona em um imóvel de aproximadamente 250 metros quadrados alugado pelo valor de R$ 10 mil mensais.
Ainda conforme o vereador, o aluguel do prédio teria como beneficiário o ex-prefeito Fábio Gentil, o que, para ele, levanta questionamentos sobre a real prioridade da gestão dos recursos públicos. “Enquanto valores elevados são pagos em aluguéis, professores, vigias, merendeiras, motoristas e coordenadores ficam sem o rateio e sem o reconhecimento que a lei assegura”, afirmou.
Durante o pronunciamento, Daniel Barros destacou que o Fundeb deve ser utilizado exclusivamente para fortalecer a educação e valorizar os profissionais que atuam diariamente nas escolas. “Dinheiro público não é herança de família. Educação não pode ser negócio de poucos, tem que ser direito de todos”, declarou.
O vereador afirmou ainda que continuará fiscalizando e denunciando possíveis irregularidades, cobrando transparência na aplicação dos recursos e respeito aos trabalhadores da educação. Até o momento, a Prefeitura de Caxias não se manifestou oficialmente sobre as acusações apresentadas na tribuna.













