A construção da nova biblioteca da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) tornou-se um verdadeiro retrato do descaso administrativo e da má gestão de recursos públicos. Mesmo após 15 anos de espera, a obra permanece sem conclusão, já tendo sido inaugurada e reinaugurada em diferentes gestões sem nunca, de fato, cumprir sua função para a comunidade acadêmica.
Segundo estudantes e professores, a situação é de total abandono. O prédio antigo da biblioteca não comporta mais a demanda, é inadequado para armazenamento e estudo, e já compromete o acervo que se encontra deteriorando devido à falta de condições adequadas. O novo espaço, que custou uma fortuna aos cofres públicos, deveria ter sido entregue pronto ainda na gestão anterior, restando apenas a transferência do acervo. No entanto, desde que o atual reitor assumiu, a mudança nunca foi realizada, gerando sucessivas reclamações da comunidade acadêmica.
> “Era só transferir o acervo para a nova biblioteca, mas até agora nada foi feito. Cada dia que passa, os estudantes ficam mais prejudicados”, denuncia um representante estudantil.
A frustração aumentou ainda mais nesta semana: as obras pararam. O motivo, segundo fontes internas da UFMA, foi a falta de encaminhamento correto de prestações de contas pelo pró-reitor de Planejamento, Marcos Moura, o que levou à devolução de R$ 1 milhão ao Governo Federal. Esse recurso estava destinado à construção de um muro de arrimo de sustentação atrás da biblioteca. Sem o dinheiro, a empresa responsável suspendeu os serviços, e agora não há previsão para a retomada.
A gestão de Marcos Moura à frente da Pró-Reitoria de Planejamento tem sido alvo de críticas por falhas recorrentes e centralização de contratos, que acabam acumulados sem execução eficiente. A mesma postura é atribuída ao gabinete da Reitoria, que, em vez de delegar responsabilidades, concentra decisões, mas não entrega os resultados esperados.
O resultado é sentido diretamente pela comunidade acadêmica: uma universidade que já foi referência no passado hoje se vê afundada em atrasos, improvisos e descrédito.
Sem previsão de conclusão, cresce o temor de que a nova biblioteca da UFMA se torne mais um símbolo de obras paralisadas, sem nunca ser inaugurada de fato. Enquanto isso, milhares de estudantes continuam sem acesso a um espaço adequado de estudo e pesquisa, enfrentando as consequências de uma gestão que, segundo críticos, “falha em resolver problemas básicos e compromete o futuro da instituição”.
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