O vice-governador Felipe Camarão (PT) voltou a defender publicamente sua pré-candidatura ao Governo do Maranhão nas eleições de 2026 e rebateu rumores sobre uma possível desistência, após movimentações de aliados do governador Carlos Brandão (sem partido) dentro do PT. Segundo Camarão, sua trajetória eleitoral não será interrompida por pressões internas.
A declaração ocorre após a publicação de um editorial apontando que Brandão teria recebido aval do presidente Lula para assumir maior controle sobre a legenda no estado. Em resposta, o vice-governador afirmou que seguirá firme no partido e no projeto apresentado aos maranhenses.
> “Não tem quem faça eu desistir. Eu vou lutar. Não vim apresentar um projeto pessoal e muito menos familiar. O Maranhão não pode retroceder às práticas oligárquicas, nepotistas e coronelistas”, declarou Camarão durante evento em Itapecuru-Mirim.
Camarão também negou qualquer possibilidade de renunciar ao mandato, desistir da disputa ou deixar o PT, ressaltando que ocupa cargo de direção na executiva nacional da sigla e continuará contribuindo para o fortalecimento do partido no estado.
Segundo o vice-governador, há movimentos internos tentando enfraquecê-lo, mas ele afirma que nenhum tipo de pressão o fará recuar. “Aos que acreditam na política oligárquica e fazem de tudo para abafar os movimentos populares, resta o desespero e a força bruta”, afirmou.
O posicionamento evidencia o clima de disputa dentro do campo governista, especialmente entre o grupo de Brandão e remanescentes da gestão Flávio Dino. Camarão tem defendido que sua candidatura representa continuidade de um projeto coletivo iniciado em 2015, enquanto aliados do atual governador articulam alternativas para 2026.
Nos bastidores, petistas reconhecem o avanço de Brandão sobre o partido, mas também avaliam que a presença de Camarão na direção nacional dá força ao vice-governador.
Com discursos cada vez mais duros contra práticas políticas tradicionais, Camarão aposta na mobilização popular e no fortalecimento de alianças para consolidar sua candidatura. A tendência é que o debate interno no grupo governista siga intenso até 2026, com possível impacto na formação de novas alianças e na condução da administração estadual.
Enquanto isso, o vice-governador mantém agenda no interior, ampliando seu discurso contra a “oligarquia” e posicionando-se como defensor de uma nova fase para o Maranhão.












