Nos anos 1980, o Ceará vivia sob o domínio das velhas práticas políticas. Coronéis e oligarquias controlavam o estado, enquanto a população pagava o preço do atraso: falta de empregos, serviços públicos precários e ausência de perspectivas. Foi nesse cenário que um grupo de jovens empresários, articulados no Centro Industrial do Ceará (CIC), ousou romper o ciclo viciado. Eles se uniram a professores, técnicos, trabalhadores e lideranças comunitárias para propor um projeto moderno e ousado. Assim nasceu o chamado “Governo das Mudanças”, liderado por Tasso Jereissati e, depois, por Ciro Gomes, que reposicionou o Ceará em outro patamar de desenvolvimento e credibilidade nacional.
O Maranhão, hoje, enfrenta um dilema muito pior. Seguimos reféns de uma política baseada no clientelismo, no compadrio e na dependência de favores. Porém, assim como o Ceará mostrou ao Brasil que era possível virar a página, nós também temos todas as condições de transformar nossa realidade. Temos portos estratégicos, uma agricultura em expansão, riquezas minerais, grandes indústrias, uma juventude criativa e um povo trabalhador. O que falta é organização, coragem e união em torno de um projeto verdadeiro e duradouro.
Nos últimos anos, vivemos duas tentativas de ruptura que despertaram esperança, mas morreram ou saíram da política, Jackson Lago, eleito pela força da indignação popular, foi defenestrado do poder de forma brutal. E mais recentemente, Flávio Dino, que apresentava a mudança, mas se agarrou a tudo o que combatia. Hoje, vê o mesmo sistema que abraçou se voltar contra ele.
O quadro atual é ainda mais grave. Os clãs políticos não se unem em torno dos problemas do estado, de ideias, de programas ou de lideranças capazes de inspirar, mas sim em defesa da própria classe política, sem qualquer constrangimento. Já não importa quem será o candidato nem qual projeto se apresentará ao povo — o que está em jogo é apenas a preservação de privilégios e do poder de alguns.
Por isso afirmo: 2026 é a última grande oportunidade para o Maranhão mudar sua história. Assim como no Ceará dos anos 1980, precisamos de uma virada que não virá da velha política. A transformação só nascerá da união da sociedade civil, das comunidades, dos trabalhadores, dos empresários, dos jovens e de todos aqueles que acreditam que nosso estado pode mais.
Chegou a hora de transformar a indignação em ação e o potencial em futuro. De construir um Maranhão que não dependa de favores, mas de trabalho, eficiência e união. De fazer da política um instrumento do povo, e não de grupos fechados em torno de si mesmos.
O Maranhão precisa escrever sua virada histórica. E essa oportunidade se chama 2026.
Mesmo com todas as decepções que assistimos diariamente, eu acredito nesse futuro, para isso precisamos unir o Maranhão de verdade em torno de um projeto de desenvolvimento!
E você? Também quer o Maranhão livre dos coronéis?