Um pai desesperado dentro das instalações do Hospital Universitário Materno-Infantil, administrado pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA, fez um clamor angustiante após seu filho correr risco de vida devido a supostos erros médicos. Diego Nunes, pai do pequeno Gael Nunes, acusou diretamente a negligência de profissionais do hospital pelo perigo iminente enfrentado pelo bebê.
Embora teoricamente considerado uma referência no Estado, o hospital, localizado no centro da capital maranhense, enfrenta acusações graves de má prática médica que, em muitos casos, resultam em desfechos trágicos.
Entenda o caso: Kadja Pereira foi internada às pressas na terça-feira (13) no hospital. Durante sua gestação, o pré-natal foi realizado tanto no PS do João Paulo quanto no Materno-Infantil, com todas as informações sobre complicações disponíveis para a equipe médica. “Assim que minha esposa foi internada, informamos que o bebê sofria de pielectasia bilateral renal”, afirmou Diego Nunes, narrando a angústia vivida durante aproximadamente 20 horas de agonia. Os médicos decidiram romper manualmente a bolsa, porém, devido ao atraso, o bebê não chorou ao nascer, sofrendo broncoaspiração de fezes, o que exigiu sua transferência imediata para a UTI neonatal.
Além da negligência no atendimento ao recém-nascido, a mãe, Kadja Pereira, alega ter sofrido dilaceração obstétrica. “Estava debilitada, e meu marido foi testemunha de tudo. Estão manipulando muitas coisas aqui, inclusive registraram na certidão de nascimento que meu parto foi sem indução, o que não é verdade. Romperam minha bolsa manualmente. Estou com dificuldades até para andar corretamente”, afirmou a mãe, que, apesar de receber alta, se recusa a deixar o filho sozinho na unidade de saúde.
Segundo a família, o pequeno Gael está lutando pela vida, enfrentando dificuldades para se alimentar, e só na segunda-feira (18) serão realizados exames para verificar possíveis sequelas que podem afetar permanentemente sua vida e a de seus familiares. Apesar das inúmeras tentativas, a direção do hospital ainda não se pronunciou sobre as denúncias, deixando a família em busca de respostas.
A negligência não se limita apenas aos profissionais de saúde. A superintendência geral e o diretor médico do Hospital Materno-Infantil também são acusados de omissão diante das sérias alegações de má conduta médica e de gestão hospitalar deficiente.
Este caso não só revela falhas gritantes no sistema de saúde local, mas também destaca a urgente necessidade de uma reforma profunda e de uma fiscalização mais rigorosa para garantir que todas as instituições de saúde cumpram os mais altos padrões de segurança e qualidade de cuidados. Enquanto isso, a família do pequeno Gael continua sua luta por justiça e por uma resposta adequada às suas angústias.
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