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PINHEIRO-MA – Pinheiro, outrora celebrada por suas festividades vibrantes durante o Carnaval, agora se confronta com uma realidade sombria. O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) emitiu uma recomendação severa: a suspensão do Carnaval 2024 e a proibição do uso de recursos públicos para o evento. A promotora de Justiça, Dra. Samira Merces dos Santos, estabeleceu um prazo de cinco dias para que a prefeitura se manifeste sobre o acatamento da recomendação e eventuais medidas adotadas.
O cancelamento do Carnaval é, em si, um reflexo da crise que assola Pinheiro e uma crítica contundente à gestão do prefeito Luciano. As festividades, outrora símbolo de alegria e união, tornaram-se vítimas da decadência que permeia a cidade.
Ao percorrer as ruas, é evidente o estado de abandono do município. As vias públicas são verdadeiros campos de obstáculos, repletos de buracos que comprometem a segurança de motoristas e pedestres. Onde não há buracos, há lama, transformando a mobilidade urbana em um desafio diário. O esgoto a céu aberto, antes exceção, agora é a regra, expondo a população a condições sanitárias deploráveis.
A coleta inadequada de resíduos sólidos resultou em montanhas de lixo espalhadas pela cidade. A falta de investimento em políticas ambientais e sustentáveis agrava a situação, impactando não apenas o meio ambiente, mas também a qualidade de vida dos cidadãos.
Pinheiro, sob a gestão de Luciano Genésio, permanece estagnada economicamente, dependendo majoritariamente da pecuária. A ausência de investimentos em polos industriais e de produção revela uma falta de visão estratégica para impulsionar o desenvolvimento local, deixando a cidade à margem das oportunidades de crescimento econômico sustentável na região da baixada-maranhanse.
A negligência estende-se a áreas cruciais como educação e saúde. Demissões em massa de profissionais de saúde prejudicam o atendimento à população, enquanto o não pagamento de salários e o atraso no 13º salário deixam servidores em condição financeira precária.
A prefeitura enfrenta acusações de inchaço na administração pública, com a população clamando por transparência. Embora não haja confirmação oficial de funcionários fantasmas, a falta de esclarecimentos alimenta a desconfiança.
Dentro desse cenário catastrófico, a população de Pinheiro exige mudanças. O cancelamento do Carnaval é mais do que a perda de uma festividade; é um grito de alerta para que a gestão de Luciano Genésio encare de frente os problemas que afligem a cidade. Resta saber se o prefeito irá responder às críticas e adotar as medidas necessárias para reverter o estado de abandono que assola a cidade.
Veja a decisão a baixo:
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