Com pedidos de reestruturação de carreira, servidores do banco criticam Campos Neto e confirmam movimento para a próxima semana
Insatisfeitos com as condições da carreira, funcionários do Banco Central confirmaram uma greve de 24h na próxima quinta-feira, 11 de janeiro. O movimento foi aprovado em assembleia dos servidores nesta sexta-feira (5.jan). A expectativa é de que a adesão supere os 70%, de forma que apenas serviços essenciais continuem em funcionamento no dia.
De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad, esta será a maior paralisação em um dia da história do BC. “O desempenho do presidente Roberto Campos Neto é insuficiente, e o governo não trouxe proposta concreta ainda, por isso os servidores indicaram o estado de greve”, afirma.
Ao SBT News, ele destaca que a ação é voltada para quatro demandas. Entre elas estão o reajuste de subsídios, hoje em estimativa de defasagem de 36%, e criação de um bônus de produtividade institucional para os servidores. Além de mudanças de carreira, para que o cargo de técnico seja de nível superior, em vez de nível médio em concursos do banco, e alteração no cargo de analista, para que passe a ser classificado como auditor.
Faiad também aponta que os servidores do BC estão sem reajuste desde 2019, com exceção dos 9% de recomposição emergencial definidos em 2023. E afirma que as negociações são para um movimento maior futuramente, caso as demandas apresentadas em greve não sejam atendidas.
Movimentos do funcionalismo
Além do movimento do Banco Central, outras carreiras de servidores públicos também estão em protesto para reestruturação de carreira. Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deram início no início do mês - e ainda em andamento - a uma paralisação de atividades para reivindicar a reestruturação de carreira e melhoria de condições de trabalho. Funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também aderiram à ação.
Contraproposta ao governo
Um dia antes da greve do BC, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) vai protocolar uma contraproposta à sugestão do governo, com pedido de que haja aumento salarial ainda em 2024. Servidores questionam a sugestão enviada pelo Executivo, indicando apenas adequações em benefícios de refeição, saúde e creche, sem impacto salarial para o ano. Um aumento em folha ficou definido para o próximo biênio – em duas parcelas de 4,5% a serem pagas em 2025 e 2026.
Fonte: SBT News
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