quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Escândalo de duplo emprego: secretário de educação de Maricá – RJ, Márcio Jardim, recebe salários de 2 estados

Foto: Reprodução

Em novembro do ano passado, o vereador Ricardinho Netuno – PRTB da cidade de Maricá – RJ, fez uma denúncia gravíssima a um político muito conhecido em nosso estado, Márcio Jardim – PT, que foi secretário estadual do governo durante a gestão de Flávio Dino – PSB, escolhido pelo presidente Lula – PT para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal – STF. Márcio Jardim foi empossado como secretário de Educação de Maricá em junho de 2023 pelo prefeito Fabiano Horta – PT. A pasta que Jardim chefia é uma das mais importantes, tendo como orçamento no ano passado quase 1 bilhão e meio de reais.

Vereador Ricardinho Netuno faz denúncia gravíssima no plenário; entre junho e outubro, já no comando da secretaria de Educação, continuava a receber o salário do governo do estado do Maranhão.


A denúncia revelou que Márcio Jardim mantém vínculos empregatícios tanto no município fluminense quanto no estado do Maranhão. A polêmica se intensifica quando se descobre que ele continua recebendo salários de ambas as posições, levantando questionamentos sobre sua presença efetiva nos dois locais de trabalho.

Em uma simples verificação no portal da transparência do governo do estado, podemos constatar que, mesmo após a denúncia do vereador em novembro, Márcio Jardim recebeu mais dois salários do governo do estado.

De acordo com informações verificadas, o secretário Márcio Jardim recebe um salário mensal superior a R$ 18 mil em Maricá. No entanto, a investigação revela que ele também é mantido como servidor no estado de origem, recebendo mais de R$ 4 mil mensais, sem ter solicitado licença ou dado baixa em sua matrícula. Ao todo, ele acumula mais de R$ 22 mil em salários. A legislação determina que, em casos como esse, ele até poderia pedir licença de onde está lotado no Maranhão, mas teria que abrir mão do salário enquanto estivesse em Maricá. A situação levanta dúvidas sobre a real dedicação do secretário às funções que exerce em ambos os locais.

A principal pergunta que se coloca é se o secretário é um “funcionário fantasma” no Maranhão ou se possui a capacidade de ser onipresente, desempenhando suas atividades em Maricá e no Maranhão simultaneamente. Ainda não está claro como ele consegue manter as duas matrículas ativas, mesmo não estando efetivamente no Maranhão.

Além disso, o histórico do secretário no Maranhão também é alvo de investigações. Durante seu período como secretário de esporte no estado, ele foi implicado em indícios de corrupção relacionados à compra de materiais esportivos que nunca foram entregues e foi publicizado por diversos blogs no estado.

O secretário também é acusado de negligenciar suas responsabilidades em Maricá. Recentemente, surgiram relatos de que ele estava ausente do trabalho para participar de uma eleição na Argentina, passeando em Buenos Aires durante o expediente. Essa falta de comprometimento levanta sérias preocupações sobre a efetividade de sua gestão na cidade. Os cidadãos de Maricá expressam indignação diante dessas revelações, questionando a integridade do secretário e exigindo investigações mais profundas para esclarecer a situação.

O escândalo ressalta a necessidade de transparência e responsabilidade na administração pública, garantindo que os recursos destinados à educação e outros setores sejam utilizados de maneira ética e eficaz.

O Ministério Público – MP, tanto no Maranhão quanto no Rio de Janeiro, precisa urgentemente averiguar essa denúncia gritante que vem lesando os cofres públicos do nosso estado, que tem um dos piores índices de educação e sofre com a falta de professores na rede pública estadual, porém continua a emitir pagamento a um professor que tem levado a vida de um bon vivant na cidade litorânea fluminense.

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