Tema recebeu destaque após uma estudante ser atacada por um perseguidor dentro de uma universidade de São Luís
De janeiro a outubro deste ano, a Delegacia da Mulher registrou 68 casos de importunação sexual na Grande Ilha, que compreende Alcântara, Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e a capital do estado, São Luís. O número representa um ligeiro aumento em relação aos 66 casos registrados em 2022.
O Ministério Público do Maranhão emitiu uma recomendação à prefeitura de São Luís e ao Sindicato das Empresas de Transporte Público, solicitando medidas para reforçar a segurança das mulheres nos transportes coletivos da capital. No estado, a Polícia Civil do Maranhão contabilizou mais de 500 casos de importunação sexual apenas no ano passado.
Segundo a lei de 2018, que trata sobre o assunto, o crime de importunação envolve atos libidinosos sem consentimento, com penas variando de 1 a 5 anos de prisão, podendo chegar a 30 anos em casos de estupro. A legislação completou cinco anos em setembro de 2023, período em que os registros de importunação sexual aumentaram.
O tema recebeu destaque após uma estudante ser atacada por um perseguidor dentro de uma universidade de São Luís. Em entrevista à Difusora, a psicoterapeuta Evelin Lindholm ressaltou que crimes como esse muitas vezes causam vários transtornos a vítima, frequentemente irreversíveis.
“Os impactos psicológicos nas vítimas de perseguição são significativos. A constante sensação de ser vigiado pode resultar em ansiedade, depressão e, em casos extremos, transtorno de estresse pós-traumático. A perda de privacidade e a constante ameaça à segurança emocional podem levar a efeitos duradouros ao bem estar mental e emocional. É essencial abordar essas temáticas por meio de intervenções psicológicas legais e sociais”, afirmou a psicoterapeuta.
Por Difusora On
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