Os policiais envolvidos se apresentaram na Central de Flagrantes de Teresina
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Teresina, abriu uma investigação para apurar o caso de uma criança de 12 anos que foi baleada por policiais militares do Maranhão que estavam atrás de suspeitos da morte do sargento Carvalho, morto a tiros na tarde da última sexta-feira. A criança vítima dos disparos é irmã da cantora Aline Conrado.
Segundo o delegado Francisco Barêtta, coordenador do DHPP, na madrugada de sábado (26), um grupo de policiais militares do Maranhão abordou a família na BR-343, na entrada do bairro Dirceu Arcoverde, zona Sudeste de Teresina.
“Os polícias militares estava à paisana, em um carro descaracterizado, portando arma de fogo e efetuaram vários disparos no fundo do carro e nos pneus do veículo”, disse o delegado.
No momento da ação o carro era ocupado por três pessoas, o pai, a mãe e uma filha do casal. “Eles haviam ido pegar os instrumentos musicais de outra filha deles que havia se apresentado no Festival Folguedos. A menina, de 12 anos, foi atingida por um tiro na região do abdômen e o pai levou um tiro de raspão na cabeça. A cabeça dele está inclusive queimada pela ação do projétil. A mãe não foi ferida na ação”, explicou Barêtta.
A criança acabou sendo atingida com um disparo de arma de fogo, foi levada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde está internada após perder parte do intestino.
Os policiais envolvidos se apresentaram na Central de Flagrantes de Teresina. “Eles já foram identificados e todas as providências já foram tomadas. Fizemos o exame pericial no veículo da família e no local onde aconteceu esse evento foram encontrados e apreendidos estojos de arma de fogo, foi requisitado exame de corpo de delito na criança”, afirmou o coordenador do DHPP.
Por meio de nota a Secretaria de Segurança Publica informou que após ter conhecimento dos fatos envolvendo os policiais do 11° Batalhão de Timon, a Policia Militar do Maranhão, instaurou inquérito policial militar para apuração da conduta dos policiais e o afastamento de ambos do serviço operacional. Conforme determinação do Comando Geral da Polícia Militar, as investigações serão conduzidas pelo Comando de Policiamento do Interior (CPAI). A Polícia Militar do Maranhão reafirma o compromisso da instituição em proteger o cidadão e que, sendo comprovado excessos dos policiais, os envolvidos estarão sujeitos às penalidades previstas em lei. Por fim, a PM reitera que não coaduna com condutas que desabonem o decoro, nem legitima ações que ferem os princípios profissionais e éticos que orientam as atividades da corporação.
Fonte: Cidade Verde/SBT Teresina
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