Ela destacou que uma das principais dificuldades enfrentadas pelas famílias é a falta de atendimento precoce nos setores público e privado
No mês dedicado à conscientização sobre o autismo, o programa 'Café com Notícias' destacou entrevista com a presidente da Associação de Amigos do Autista do Maranhão (AMA-MA), Telma Sá Nascimento, que falou, nesta segunda-feira (10), sobre a campanha Abril Azul, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo dados do órgão de saúde Centers for Disease Control and Prevention (CDC), uma a cada 36 crianças que nascem no mundo é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e vai conviver com dificuldade de diagnóstico e acompanhamento.
Telma Sá Nascimento disse que o diagnóstico de autismo é feito nos primeiros meses de vida, a partir de análise do desenvolvimento da criança, observando se ela está alcançando o que chamam de marcos para a idade – no caso de 0 a seis meses, ela citou compartilhar o olhar, sentar, imitar e seguir instruções. “Caso a criança não atinja aqueles marcos, já se liga um sinal de alerta”, observou
A presidente da AMA destacou que uma das principais dificuldades enfrentadas pelas famílias é a falta de atendimento precoce, tanto no setor público quanto na iniciativa privada, porque há falta de profissionais. “Hoje, temos uma carência enorme de terapeutas ocupacionais e de fisioterapeutas para atuarem na área”, afirmou, ressaltando que as políticas públicas não têm conseguido acompanhar as demandas das pessoas com TEA.
Educação e diagnóstico em adultos
Outro desafio das famílias citado pela presidente da AMA é a inclusão na educação. “A questão é a falta do acompanhamento do mediador em sala de aula. Nós temos vários municípios que não têm esse profissional”. E ressaltou ao falar sobre a questão pedagógica ofertada hoje: “O que ocorre é que a demanda é muito grande e as escolas estão tentando acompanhar esse ritmo acelerado de diagnósticos”.
Ao ser questionada, Telma Sá Nascimento afirmou que é muito comum, na atualidade, o diagnóstico de pessoas adultas. “Hoje, está muito comum. Porque, às vezes, essa pessoa tinha um nível de autismo tão sutil que nem a família percebeu. Aí quando chega na adolescência, ele vai observar os comportamentos diferentes. E na fase adulta também. Tem acontecido muito dos pais, ao receberem o diagnóstico do filho, começarem a investigar os seus comportamentos”, declarou.
O 'Café com Notícias' vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 9h, na TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309).
Fonte: Agência Assembleia
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