A piora do quadro clínico do indiano foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nessa sexta-feira (22). O navio em que estava o indiano navegava com 24 tripulantes no total. Desses, nove testaram negativo para Covid-19, mas os outros 15 apresentaram testes positivo para o vírus. Do total de infectados, seis foram confirmados com a cepa indiana.
A secretaria afirma, ainda, que 100 pessoas tiveram contato com os infectados. Os testes estão sendo feitos pelo hospital particular em São Luís, onde os pacientes foram infectados foram atendidos.
Entretanto, a secretaria não informou quantos testes foram feitos até o momento e quem são essas pessoas. A testagem está sendo sendo monitorada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além do Maranhão, o Ceará monitora dois casos suspeitos da cepa indiana.
Segundo a SES, as amostras serão analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão e caso algum resultado seja positivo, o material será encaminhado para o Instituto Evandro Chagas, em Belém, para sequenciamento genômico.
Em coletiva nesta sexta-feira (21), o governador Flávio Dino (PCdoB), afirmou que ainda não há sinal de transmissão local da cepa indiana no estado. Na ocasião, Dino disse que os portos maranhenses não serão fechados e reforçou que o navio está proibido de atracar no Porto da Madeira, em São Luís.
Cepa indiana no Maranhão
O Maranhão confirmou na quinta-feira (20), os primeiros casos da variante indiana do coronavírus (chamada de B.1.617) no Brasil. Os seis casos da variante no país foram detectados em tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que saiu da Malásia e chegou ao litoral maranhense em 14 de maio.
Um dos infectados foi internado em um hospital particular da capital, São Luís. Os outros estão isolados dentro do navio, em alto mar, a cerca de cerca de 35 quilômetros da costa. Dois deles retornaram à embarcação depois de serem medicados em hospital.
As seis pessoas confirmadas com a nova cepa fazem parte do grupo de 23 tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que conta, no total, com 15 tripulantes que apresentaram testes positivos para a Covid-19. Oito seguem sem sintomas da doença.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a variante B.1.617 está sendo classificada como um tipo “digno de preocupação global”.
A análise genética revelou que essa variação apresenta mutações importantes nos genes que codificam a espícula, a proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por se conectar aos receptores das células humanas e dar início à infecção.
Em linhas gerais, tudo indica que esses “aprimoramentos” genéticos melhoram a capacidade de transmissão do vírus e permitem que ele consiga invadir nosso organismo com mais facilidade.
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