O que deveria ser uma simples condução à delegacia, se transformou numa tragédia, no último sábado(16), na MA – 201, rodovia estadual que liga São Luís aos municípios de Paço do Lumiar e São José de Ribamar.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, a ocorrência policial envolveu a viatura da Polícia Militar, de placa PTF/2081, quando o veículo transportava Fabrício de Brito Lima, do município de São José de Ribamar para o Plantão da Polícia Civil, no Maiobão, em Paço do Lumiar.
Conforme consta no termo de declação prestado pela enteada da vítima identificada por Rayssa Silva de Pinto, residente na Rua 02, nº 15, Residencial Sarmanbir, no município ribamarense, o padrasto caiu da viatura nas proximidades do supermercado Meneses, na MA-201 (Estrada de Ribamar), no Maiobão, momento em que fora socorrido por uma ambulância do SAMU e encaminhado ao Socorrão II, na Cidade Operária, em São Luís indo a óbito por volta das 22:00hs na unidade de saúde, tendo sido atestado como causa mortis traumatismo craniano.
“Quando estávamos passando nas proximidades do supermercado Meneses, no bairro do Maiobão, escutei dois barulhos fortes, que acredito terem sido chutes de Fabrício no porta malas, sendo que o último barulho foi mais intenso, inclusive nesse momento um dos policiais olhou para trás e deu um alarde que o porta malas tinha sido aberto, e que de imediato a viatura parou e um dos policiais desceu do veículo e saiu correndo em direção ao local que o padrasto Fabrício estava caído no solo, e que um dos policiais ligou para o SAMU, depois de alguns minutos a ambulância chegou ao local, realizou os primeiros atendimentos e, em seguida, encaminhou à vítima para o hospital Clementino Moura”, disse Rayssa.
Fabrício, que vivia em união estável com Raimunda Nonata Silva Pinto, mãe de Rayssa, estava sendo conduzido pela PM depois de ter sido denunciado pela enteada. Ainda em depoimento, a jovem que mora ao lado da casa da mãe, narrou que o padrasto chegou em casa embriagado por volta das 17:00hs e precisou intervir em uma discussão dele com a companheira Raimunda Nonata, mãe da declarante.
“Depois que desapartei a briga, sentei-me na porta em companhia das minhas vizinhas Bruna e Valéria, e o mesmo puxou uma cadeira e começou insultar a mim e a minha mãe. Disse a ele que iria chamar a polícia, e ele mandou que fizesse. Levantei-me e fui ao batalhão da PM, que pediu que ligasse para o 190 e assim eu fiz. Quando retornava para casa, ele (padrasto) já estava arrumando confusão com outros vizinhos, quando então passava a viatura que parou e acabou fazendo a condução da vítima”, finalizou a jovem.
Ao informar a confusão, a jovem tentou fazer com que um dos familiares deixasse o padrasto para passar a noite na casa de um deles, já que para casa ele não poderia voltar, pois havia tentando agredir a companheira, mas não foi possível pois uma irmã que mora perto estava em uma festa de casamento. Ainda segundo Rayssa, a vítima não fazia uso de algema no momento do fatídico e nem na viatura existia gaiola para o transporte de preso.
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