segunda-feira, 20 de abril de 2020

SISTEMA DE SAÚDE EM SÃO LUIS COM IMINENTE COLAPSO, REJEITA PACIENTES EM UPAS DE REFERÊNCIA PARA A COVID-19

Servidoras da Samu estão gravando vídeos mostrando a falta de vagas e de respirador nas unidades de saúde da capital

Sistema entra em colapso em São Luís; outro paciente é rejeitado em UPAs e hospitais

Com a explosão exponencial de casos de Covid-19 em São Luís, que em apenas um mês saltou de 1 caso para mais 1 mil, além de mais de 40 óbitos, apenas na capital, o sistema entrou em colapso e já faltam vagas nas unidades de saúde da rede pública do município.

Neste domingo 19, enquanto o secretário municipal de Saúde Lula Fylho desobedecia o isolamento social e fazia caminhada na Avenida Litorânea, servidoras da Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) começaram a gravar vídeo mostrando a falta de vagas e até de respirador nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e em hospitais da capital.

Em vídeo publicado mais cedo pelo ATUAL7, uma servidora revela que um paciente com suspeita de Covid-19 havia sido rejeitado nas UPAs da Cidade Operária e do Bacanga, por falta de vagas e de respirador.

“Pessoal, é o seguinte: nós estamos aqui, na porta da UPA da Cidade Operária com paciente com suspeita de Covid. Nós já viemos, da UPA do Bacanga. Não receberam, não tinha vaga. E nós estamos também aqui, disseram que não tem vaga, porque não tem respirador, e estamos aqui aguardando, desde três e meia da manhã. O que que vai ser feito? Paciente dentro da ambulância, ninguém atende, ninguém quer receber. Pra onde nós vamos? Quem pode nos ajudar?”, pergunta, em tom de desespero.

Em novo vídeo, de dentro da ambulância da Samu, outra servidora denuncia que, além das UPAs, também estão deixando de receber pacientes o Socorrão I , e até mesmo o Hospital da Mulher, unidade de referência recém reformada para atender pacientes infectados pelo novo coronavírus.

“Até agora tentando ir embora, encerrar o plantão, com paciente desde as três e meia da tarde, sem nenhuma UPA querer receber o mesmo. Nem no Socorrão I, nem UPA Vinhas, nem UPA Araçagy, nem Hospital da Mulher, que tá na grade como hospital de referência. Não aceitam em nenhum hospital, gente”, diz.

O ATUAL7 procurou as assessorias da SES (Secretaria de Estado da Saúde) e da Prefeitura de São Luís, e aguarda um posicionamento a respeito.

Nas redes sociais, até o momento, nem o governador Flávio Dino e nem o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) fizeram qualquer comentário a respeito do colapso do sistema na capital.

Atual7

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