Pressionado por apresentação de documentos do Facebook e questionamentos pelo tucano, deputado do Republicanos deixou sessão legislativa
O deputado Wellington do Curso (PSDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nessa segunda-feira 9, para cobrar explicações do deputado Duarte Júnior (Republicanos) sobre diversos ataques sofridos por ele durante a campanha eleitoral de 2018.
Logo que subiu à tribuna, Wellington pediu a Duarte que permanecesse em plenário, para que pudesse se posicionar sobre documentos fornecidos pelo Facebook, por determinação da Justiça Eleitoral, que, conforme foi revelado na última sexta-feira 6, ligam um servidor do gabinete do deputado do Republicanos na Alema, Thiago Rios, a um perfil no Instagram utilizado exclusivamente para publicações com achincalhes e desinformações contra o tucano.
Entenda o caso
Dados fornecidos pelo Facebook após determinação judicial no âmbito de um
Supostos prints de conversas no Telegram, em que Duarte Júnior e demais integrantes de um grupo aparecem combinando ataques a Wellington nas redes sociais e em blogs locais, também foram mostrados pelo parlamentar.
Apesar da insistência do tucano, Duarte Júnior fugiu da cobrança por explicações a respeito da suposta milícia virtual, deixando o plenário durante o discurso de Wellington, supostamente devido um telefonema. Porém, não retornou para a sessão, nem foi para seu gabinete, onde foi procurado pelo ATUAL7 para se posicionar sobre o assunto, mas não foi encontrado.
Em contato anterior, o parlamentar garantiu ao ATUAL7 que sequer tinha conhecimento da existência do perfil na rede social, e que jamais atacaria o hoje colega de parlamento. A mesma alegação, de desconhecimento da conta no Instagram, foi utilizada por seu assessor, que o acompanha desde sua passagem pelo Procon (Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor) do Maranhão.
A ligação entre Thiago Rios e o perfil no Instagram está sob investigação na Polícia Federal.
Na semana passada, Wellington esteve na sede da PF em São Luís, onde prestou depoimento. A expectativa agora é que o assessor de Duarte Júnior, e possivelmente o próprio parlamentar, sejam ouvidos no bojo do inquérito.
Dentre outras provas, os investigadores já sabem o e-mail utilizado para registrar a conta, um número e o proprietário de um celular da Claro, IPs dos computadores utilizados e os endereços onde houve acesso ao perfil na rede social.
Atual7
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