Ontem foi meu último dia à frente da 5ª Vara da Seção Judiciária do Maranhão, após 21 anos. Encerrei, por vontade própria, uma etapa da minha vida.
Expresso, agora, meu agradecimento a todos os colegas, magistrados e magistradas, pela amizade, pela cooperação e pelo respeito que tiveram para com a minha pessoa, como colega e como cidadão.
Procurei cumprir minha jornada inspirado nos que me antecederam – Dionísio, Alberto, Leomar, Cândido e Reynaldo -, buscando, assim, não desonrar a Justiça Federal. Estou convencido que não a desonrei; fui um magistrado esforçado, humano e justo. Se não tive conhecimentos técnicos sofisticados, fiz esforços para supri-los com trabalho árduo, tendo a Justiça como bússola permanente.
Quero ser lembrado com um magistrado que, não se desgarrando de suas origens, procurou ser humano, justo e inventivo. Criei, nesse plano da inventividade, dinâmicas em audiências e reuniões para fragmentar lides complexas, sobretudo em ações civis públicas, e assim buscar a paz social!
Seguirei outros caminhos, ainda com bom vigor físico e mental. Não perderei meu DNA magistrado; nunca irei me libertar dos pilares da correção e da Justiça! Nunca!
Desejo aos magistrados e magistradas que ficam ótimas jornadas pelos caminhos da Justiça. Vivemos tempos de muitas insensibilidades, o que exige do magistrado um olhar mais humano e generoso em relação às pessoas. Nesses tempos, a empatia faz enorme diferença!
Obrigado a todos!
Obrigado por tudo!
Em respeito aos colegas, e por passar à condição de magistrado aposentado, voltando à advocacia, retirar-me-ei deste grupo.
Estarei por aqui…
Ótimo dia; ótimo final de semana!
Como diz Luís de Camões, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!
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