Antes mesmo de terminar o primeiro mês do ano e ignorando o déficit de profissionais e de insumos na rede estadual de saúde, o governo Flávio Dino (PCdoB) retomou as demissões nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de São Luís. Neste domingo, uma servidora foi mandada embora na UPA Araçagi. Surpreendida com a triste notícia em pleno plantão, ela foi a segunda funcionária exonerada em janeiro na unidade.
“Recomeçaram as demissões. Dessa vez fui a contemplada. Me demitiram da UPA”, contou, ainda abalada, a servidora desligada em mensagem enviada ao blog. “E assim esta sendo feito, aos poucos, para não chegar à mídia”, comentou, em tom de revolta e decepção.
Terror
Ainda de acordo com a servidora demissionária, as duas exonerações foram apenas as primeiras de uma série, que deve continuar nos próximos dias. O clima entre os funcionários é de terror diante da iminência de mais cortes.
Cidade Operária
Também foi revelado ao blog que na UPA Cidade Operária também já houve corte de pessoal em 2020, mas o número de profissionais desligados ainda não foi informado.
Demissão em massa
A demissão em massa de profissionais nas UPAs de São Luís, além do Hospital Geral (Hospital de Câncer) e da Maternidade Maria do Amparo (instituição filantrópica mantida, em parte, com recursos do Estado) começou ano passado. Desde novembro, as unidades de saúde vêm sofrendo cortes profundos em seus quadros de pessoal.
A previsão do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Maranhão (Sindsaúde) é de que cerca de 2 mil profissionais serão mandados embora em hospitais, UPAs e outras unidades médicas com atendimento custeado integral ou parcialmente pelo governo estadual.
Entre as centenas de trabalhadores já desligados estão porteiros, técnicos de enfermagem, enfermeiros, auxiliares de serviços gerais, recepcionistas, motoristas, maqueiros, coordenadores de setores e até médicos.
E tudo indica que muitos outros ainda receberão o bilhete azul, por ordem expressa dos gestores de saúde subordinados ao governador Flávio Dino, sem dó nem piedade.
O Estado
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