O deputado Wellington do Curso, autor da representação no Ministério Público sobre o uso do aparato da Polícia Militar pelo governo Flávio Dino para espionagem contra opositores durante as eleições de 2018, acredita que a aceitação da denúncia pela Justiça Militar do Maranhão confirma o indício da prática do crime.
“Fomos surpreendidos por um ofício sobre ordens expressas para espionar lideranças que fazem oposição ao governo. A aceitação denuncia pelo Judiciário evidencia, de forma incontestável, que a oposição é vítima de perseguição da polícia-política da máquina comunista. Somos conscientes de que a Instituição, a Polícia Militar, não merece essa imagem negativa, pois há homens e mulheres honestos e trabalhadores na PM, que honram o juramento que fizeram e não se submetem a interesses particulares e mesquinhos próprios e de outros, mas infelizmente há alguns poucos que, como entendeu a Justiça, cometeram esse grave erro. Agora terão de explicar o que realmente houve ou assumir as responsabilidades de seus atos”, disse Wellington.
Segundo relevado pela imprensa, o promotor Clodomir Lima Neto, da 2ª Promotoria de Justiça Militar de São Luís, ofereceu denúncia contra o coronel Heron Santos e o major Antônio Carlos Araújo Castro, em maio. Ambos foram apontados pela investigação como operadores do esquema de monitoramento ilegal a opositores do governo Dino. Cerca de dois meses depois, o juiz de Direito Nelson Melo de Moraes Rego, da Auditoria da Justiça Militar do Maranhão, acolheu a denúncia.
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