Por pelo menos dois anos o governo do Maranhão passou a comemorar dados que mostravam queda no número de assalto a bancos no interior do estado. A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) divulgava aos quatro cantos do estado que a Polícia Militar formou um grupo de combate a banco, o Cosar, e com isso o enfrentamento a esse tipo de crime vinha surtindo efeito.
Realmente, a ideia do Cosar parecia que daria certo. No entanto, com o tempo, o grupamento passou a ser usado como segurança privada de uma companhia de seguros.
Resultado: a qualidade do serviço dos homens do grupo começou a cair.
O reflexo disto, claro, foi a volta de assaltos a bancos com mais frequência e mais ousadia como os ocorridos na madrugada de ontem em Senador Alexandre Costa e Santa Helena.
Para “coroar” a fase ruim na segurança, o grupo foi desfeito pelo atual comandante-geral da PM, coronel Ismael Fonseca, que alegou falta de recursos para manter o Cosar.
No entanto, na prática, o comandante-geral desmontou o grupo de combate a assalto a banco pelo idealizador do Cosar, o ex-comandante geral coronel Pereira, ser seu desafeto. As questões pessoais parecem ter mais peso para o oficial superior.
O fato é que as ações dos bandidos em bancos já não mais se resumem a cidades do interior do estado. Em São Luís, em 2019, oito agências foram alvo de marginais. E quem ainda combatia não mais existe.
Abandono – Aliado à falta de uma polícia ostensiva especializada, a SSP não tem a parte da inteligência que pode evitar os assaltos se as investigações fossem feitas.
Há muito abandonada, a Polícia Civil pouco atua no combate a assalto a bancos. Quando ainda há ação dos agentes civis, já é a de caça aos bandidos, que já explodiram agência, fizeram reféns e até atiraram contra quartel e delegacia de polícia.
O cenário, é no mínimo, de falência da Segurança, cujo titular é acusado de usar a estrutura da pasta para espionar autoridades.
Estado Maior
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