SÃO LUÍS - A musicalidade indígena toma conta de São Luís nesta semana, no período de 26 a 31 de julho. Com o tema "A música dos povos originários do Brasil", a 223 edição do projeto nacional Sonora Brasil traz à capital maranhense onze apresentações de grupos indígenas de diferentes regiões do país, além de debates e exibição de filmes. Toda a programação é gratuita e ocorrerá no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, no Anfiteatro Beto Bittencourt, Sesc Turismo e Sesc Centro
A música é um dos elementos mais ricos da cultura e arte indígena e uma porta de entrada privilegiada a um universo tão diversificado, mas ainda desconhecido. Com cantos, danças e instrumentos de cordas, sopro e percussão, quatro circuitos fazem parte dessa programação que é gratuita e tem classificação livre.
As apresentações musicais acontecem de 28 a 31 de julho, no Anfiteatro Beto Bittencourt, localizado ao lado do Centro de Criatividade, em formato de circuitos Integram a programação os grupos tradicionais: Teko Guarani, do povo Mbyá Guarani (RS) e Oq qa kaingang (RS) Dzubukuá do povo Kariri-Xoco (AL) e Memória Fulni-o, Fulni-ô (PE); Opok Pyhokop, do povo Karitianas (RO) e Wagoh Pakob, do Paiter Surui (RO); e pelo grupo Wiyaé que reúne os trabalhos da artista indigena Djuena Tikuna (AM), da cantora e pesquisadora Magda Pucci (SP) e acordeonista Gabriel Levy (SP) do grupo Mawaca e da pesquisadora Diego Janata (MA).
O Grupo Wagoh Pakob vive na Aldeia Paiter da linha 9, em Rondônia. Além das canções tradicionais relacionadas a rituais, que relatam narrativas miticas e relembram momentos da história dos Paiter ou que retratam tarefas do cotidiano, os Paiter têm canções atribuidas à criação individual e cantadas somente por seus criadores.
A música tradicional do povo Karitiana, um dos muitos grupos indigenas do estado de Rondônia, é fortemente relacionada ao sagrado. Os anciãos são enfáticos nas orientações sobre a execução dos cânticos de proteção e de aplicação de remédios pelo pajé, que, por exemplo, devem ser cantados sempre da mesma forma e sem os instrumentos de sopro.
Ja o circuito Wiyaé apresentará um repertório de arranjos elaborados com utilização de instrumentos musicais não indigenas e o trabalho composicional artistico de uma indigena da atualidade, mostrando as novas perspectivas sobre identidade cultural desses povos.
Sonora Brasil
Ha 22 anos, o Sonora Brasil desperta o interesse do público para expressões musicais identificadas com a história da música brasileira, apresentando grupos que estão fora dos grandes centros culturais.
Programação final em São Luís/MA
Data: 31 de julho/2019 (quarta-feira)
- 14h - Oficina de Cantos da Floresta "uma aproximação com o universo sonoro indígena brasileiro"
Ministrante: Magda Pucci
Local: Sesc Deodoro Prédio Rosa Castro -Sala de Saxofone (Antigo
Almoxarifado) - Centro de São Luís/MA
- 18h - Sonora Brasil - Apresentação Musical Wiyaé (AM/SP/MA)
Local: Anfiteatro Beto Bittencourt - São Luís/MA
- 19h Debate após apresentação com o Grupo Wiyaé (AM/SP)
Local: Anfiteatro Beto Bittencourt São Luís/MA
Fonte: Na Mira - Mirante
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