Rascunhos com as anotações já tinham aparecido em notícias vinculadas em blogs. O acesso aos detalhes de seus repasses, no entanto, é inédito. Os documentos desta reportagem são parte de um dossiê do esquema ao qual a reportagem teve acesso.
De acordo com as informações apuradas, a fraude teria começado a ser praticada a partir da empresa PH Participações, registrada em uma sala do Centro Comercial Península Mall & Offices, localizado na Península da Ponta da Areia, em São Luís. As transações fraudulentas envolvem médicos, empresários, magistrados, políticos, advogados, servidores federais e até profissionais da imprensa.
No material obtido pelo Maranhaodeveredade.com observamos que num dos rascunhos ao qual a reportagem teve acesso aparece supostas comissões para alguns nomes como Germano, Jorge, Edi, Ronaldo, Eric, Álvaro, Jardel, Ricardo, Alvimar e Andreia Sales. Ricardo Aquino, um dos principais prestadores de serviços da Prefeitura de São Luís, também aparece em um dos manuscritos semelhante aos que foram apreendidos pela Lava Jato com pagamentos de propina a políticos.
Nas mensagens codificadas, o símbolo k aparece de forma comum, principalmente, nas anotações de supostos pagamentos de comissões do grupo. O símbolo se assemelha ao nome captador, espécie de ‘vendedor’ que atraia mais investidores para o esquema.
De acordo com o que foi apurado, os captadores ganhavam comissão entre 20% a 50% do valor aplicado na captação de recursos. Ricardo Aquino, por exemplo, aparece com 50K. Mas o que significa k? O símbolo é a abreviação de mil. 150k, por exemplo, quer dizer 150 mil. Assim como 200k é pra 200 mil.
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