quarta-feira, 1 de maio de 2019

MILHARES DE VENEZUELANOS NAS RUAS DE CARACAS EM PROTESTO PELO FIM DA DITADURA

Convocados por Juan Guaidó, venezuelanos estão nas ruas de Caracas pelo segundo dia consecutivo para protestar contra a ditadura de Nicolás Maduro.


Multidão de venezuelanos no protesto em Caracas
Os olhos do mundo se voltam novamente para a Venezuela. Ainda é cedo para arriscar qualquer prognóstico sobre o que está por vir.

Mas o fato é que a história está passando bem diante dos nossos olhos. E é preciso observar os próximos acontecimentos com total atenção.

O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, cerrou fileiras ao lado de oficiais de algumas das principais unidades militares das Forças Armadas daquele país e deu início à fase final da chamada Operação Liberdade.

O líder opositor também convocou a população a tomar as ruas até que se consolide “o fim da usurpação, que já é irreversível”, em suas palavras.

Outro momento emblemático é o encontro entre Guaidó e Leopoldo López, outro opositor ao regime de Maduro, que estava impedido de sair de casa, cumprindo prisão domiciliar desde 2017.

Os dois apareceram em juntos em um vídeo postado nas redes sociais.

Foto: Divulgação
Em janeiro, o repórter Duda Teixeira visitou Caracas e relatou o drama vivido pela população.

Logo depois, Teixeira entrevistou a opositora María Corina Machado, uma das vozes mais críticas contra a ditadura de Maduro.

Ela afirmou que o confronto entre a população e o ditador era inevitável:

“O regime criminoso de Maduro e seus colegas já começou a cair. O colapso da ditadura é irreversível. Mas como eles têm uma mentalidade criminosa, estão dispostos a fazer qualquer coisa e semear a destruição somente para ganhar mais um dia de vida. Cada dia que passa é muito doloroso para a Venezuela. E, a cada minuto, a capacidade de Maduro fazer uma negociação real com a oposição também diminui. O ditador já não pode mais governar porque não tem recursos e nem liderança dentro das Forças Armadas. As únicas coisas que lhe sobram são a repressão e o medo.”

Em outra reportagem, publicada no início deste mês de abril, a situação de penúria em que vive o povo venezuelano é descrita com precisão por Duda Teixeira.

É um resumo detalhado que mostra a que ponto chegou o descalabro proporcionado pela ditadura chavista.

Leia este trecho:

“Entre a população, o apoio a Maduro não passa de 10%. Os apagões desde o início de março pioraram ainda mais a realidade do povo. ‘No primeiro blecaute, ficamos 100 horas sem luz. No segundo, três dias. No terceiro, foram doze horas. O quarto e o quinto duraram nove horas cada’, diz Fabiola Solis Caballero, de 53 anos, que vive em Santa Paula, um bairro de classe média em Caracas. Sem eletricidade, as prefeituras e os prédios não conseguem bombear água para os quarteirões e andares mais altos. Cozinhar ou tomar banho ficou quase impraticável. Em diversos bairros do país, incluindo os mais chavistas, pessoas saíram com baldes de plástico às ruas, para protestar contra a falta de água e de luz. A maioria das manifestações foi reprimida a bala por paramilitares armados, os colectivos. Em quatro dias, 47 pessoas foram presas.”

É um retrato fiel — e cruel — sobre as condições dramáticas em que vivem os venezuelanos sob o jugo de um ditador. São informações que nos ajudam a compreender como e por que a Venezuela chegou a essa situação caótica.

O regime que vem castigando a Venezuela há tanto tempo parece se aproximar de um desfecho.

Fonte: O Antagonista

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