Alunos da UEB Henrique de La Roque são liberados mais cedo por falta de professores
Além disso, a escola tem apenas um banheiro funcionando para atender cerca de 800 alunos de três turnos.
Durante visita realizada à UEB Henrique de La Roque, na Vila Embratel, a Direção do Sindeducação constatou situação de calamidade sanitária, onde apenas um banheiro serve cerca de 800 alunos dos três turnos, além de professores e coordenação da escola. Além desse, diversos problemas atingem a unidade escolar, como a falta de professores que ocasiona liberação dos alunos antes do horário regular.
A UEB Henrique de La Roque está sem professores em número suficiente para atender a demanda, desde o início desse ano. As quatro turmas do 7º Ano estão sem aula de Geografia, e falta também professores de Português, Educação Física, História e Inglês, ocasionado a liberação dos alunos às 10h da manhã, no turno matutino.
De acordo com um estudante, quando a Direção da Escola não libera mais cedo, eles são obrigados a ficar dentro das salas esperando até 11h15, mesmo sem aula, para sair da escola. “A sensação é de que estamos perdendo tempo aqui presos em sala de aula”, lamentou o aluno.
A professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do sindicato, descreveu a situação como revoltante e abusiva. “Os alunos estão prejudicados, pois a carga horária letiva anual não está sendo cumprida; de outro lado, os poucos professores que atuam na escola, estão sobrecarregados e cansados”, denunciou a sindicalista.
Segundo a presidente, a SEMED “reformou” a escola em setembro de 2017, mas de Abril a Junho de 2018 teve problemas estruturais que ocasionaram a suspensão das aulas, e hoje encontra-se em péssimo estado de conservação. “Encontrar alunos na porta da escola, sem assistir aula por falta de professores desde o início do ano é revoltante, é um cenário de total falta de compromisso e responsabilidade com a Educação Pública e com o futuro das nossas crianças”, lamentou a dirigente.
Matagal; salas quentes sem ventiladores, e as que possuem ar-condicionado, os aparelhos não funcionam necessitando de manutenção; falta lixeiras até para a cantina; pias e torneira necessitando de substituição; bebedouro quebrado; e iluminação precária, são alguns dos graves problemas físicos do espaço escolar.
PEDIDOS SEM RESPOSTA – De acordo com a Direção da Escola, todos os problemas, tanto de falta de professores quanto os estruturais e didáticos, são de conhecimento da SEMED. “Diversas solicitações já foram enviadas para a secretaria, exigindo o envio de professores para a escola, troca de lâmpadas, reparo de ventiladores, banheiros, torneiras e vasos, dentre outros, mas até agora nada”, relatou uma coordenadora da escola que não quis se identificar, temendo retaliações do secretário de Educação, Moacir Feitosa.
Por Felipe Mota
Nenhum comentário:
Postar um comentário