A Universidade Federal do Maranhão, através do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, decidiu proibir a exibição do documentário 1964 – O Brasil entre armas e livros, produzido pelo Brasil Paralelo. O filme tem sido exibido em diversas regiões e tem tido amplo sucesso, mesmo com a censura e a agitação de parte da mídia.
A denúncia é de Michael Amorim, coordenador do Grupo de Estudos Carcará, atuante na UFMA e organizador da exibição que ocorreria nesta sexta-feira, dia 12 de abril. Amorim conta que ficou sabendo da censura da reitoria através do Twitter, em uma postagem de alguém que comemorava o ato censor da universidade.
“É essa a pluralidade que reina na academia. Outros eventos sobre o mesmo tema acontecerão normalmente, só o evento dos conservadores Carcarás tem de sofrer censura”, reclama Amorim, informando que entrou em contato com jornais da mídia local, mas todos silenciaram o fato.
“Eles nem mesmo nos avisaram formalmente”, informa Amorim. “Depois que vimos um Tuíte de outra pessoa, comemorando o ocorrido, fomos ao diretor de Centro do CCH – Centro de Ciências Humanas, Francisco, e confirmamos o cancelamento. Tentamos recorrer à diretoria. Sem sucesso”.
A censura foi aprovada pela comissão e, agora, só a reitora poderá vetar a decisão. A chefia de gabinete da reitora, Nair Portela, enviou ao grupo organizador do evento um documento informando a justificativa, que se restringia aos riscos de segurança aos docentes e discentes do centro.
Por Gilberto Léda
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