A engenheira agrônoma e especialista em tecnologia de alimentos (UFMA), Fabiola Ewerton Mesquita, nova presidente da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED-MA), já chegou ao órgão arrumando confusão. Terceirizados do Instituto de Agronegócios do Maranhão (Inagro), entidade que fornece mão de obra para a agência, foram praticamente chamados de ladrões do dinheiro público por ela.
Em áudio encaminhado aos chefes de regionais da Aged, Fabiola Mesquita destaca que os servidores estão, todos,
cumprindo aviso prévio – em virtude de recente decisão da Justiça do Trabalho,
condenando a terceirização (reveja) – e que, por isso, poderiam sentir-se
tentados a “fazer uso” de recursos oriundos do pagamento de Guias de Transporte
Animal (GTAs).
“A gente sabe que a situação não está boa. Os colegas todos
do Inagro estão de aviso prévio, então, por isso, a gente pede que todo mundo
reforce seus cuidados com os seus escritórios. Os colegas estão com salário
atrasado e, aí, quando acessa o recurso da GTA [Guia de Transporte Animal] eles
acabam fazendo uso desses recursos. A gente entende que a situação não é fácil,
mas, infelizmente, não pode fazer uso desses recursos. Esses são recursos
públicos”, diz a presidente da Aged no áudio, no qual ela ainda reitera a
necessidade de reforço na atenção.
“Por favor, chefe de regional, acompanhe a questão da
emissão dessas GTAs e o recolhimento desses recursos. A gente precisa
intensificar ainda mais o acompanhamento desses recursos pra gente evitar
problemas com essas pessoas que a gente sabe que está em situação de
vulnerabilidade (sic)”, completou.
Outro lado
Após a repercussão entre os terceirizados do Inagro, Fabiola
Mesquisa emitiu um comunicado aos subordinados, dizendo-se mal interpretada.
“O Intuito do áudio foi alertar da necessidade de cuidarmos
da nossa equipe, porque os colocamos em uma situação de vulnerabilidade. Mas
parece que estão deturpando”, declarou.
O blog está aberto a qualquer novo esclarecimento da presidente
da Aged.
Por Gilberto Léda
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