O Laboratório de Hemodinâmica do Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA), mais uma vez na vanguarda da oferta de serviços para a rede de saúde do Maranhão, realizou recentemente o primeiro caso no estado de tratamento de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) por embolização. Uma técnica inovadora e minimamente invasiva com eficácia comprovada e semelhante aos tratamentos convencionais.
O paciente A.M. de 74 anos foi submetido ao procedimento no último dia 26, sem nenhuma intercorrência e tendo alta com menos de 24 horas. Este tipo de tratamento é indicado para homens que possuem sintomas do trato urinário decorrentes do crescimento da próstata (não sendo câncer de próstata), como dificuldade de urinar ou até obstrução da uretra.
A Hiperplasia Prostática Benigna consiste no aumento da próstata e consequentemente no estreitamento da uretra. Acomete normalmente os homens acima de 40 anos. Os sintomas mais comuns são dificuldades para urinar, diminuição da força do jato urinário, gotejamento no final da micção, e desejo de urinar várias vezes ao dia e a noite.
O médico radiologista intervencionista, Bruce Martins, explica que nem todo caso de HPB pode ser submetido a este tipo de tratamento. “Os casos devem ser selecionados de forma criteriosa e avaliados pelo médico urologista. Pois a escolha do melhor tratamento depende das condições de saúde de cada paciente. É um tratamento alternativo para quem não pode ser submetido aos métodos convencionais, como a cirurgia de prostatectomia ou a ressecção transuretral (RTU)”, pontuou.
Ele ainda destacou os principais benefícios desse procedimento que além de ser minimamente invasivo por meio de cateterismo – introdução de um catéter por via femoral (virilha) ou radial (braço) – é realizado sob anestesia local com uma punção (pequeno corte), o que diminui as dores e sem necessidade de grande tempo de internação, minimizando os riscos de infecção hospitalar. Também possibilita o retorno mais rápido as atividades laborais e não interfere na função sexual.
A embolização de HPB consiste na introdução de um catéter guiado por meio de imagens de raio-x até as artérias que irrigam a próstata. Esse catéter libera partículas que provocam uma isquemia (diminuição da irrigação sanguínea da próstata). Sem esse fluxo sanguíneo, a próstata reduz de tamanho, aliviando a obstrução da uretra e consequentemente melhora dos sintomas urinários.
O procedimento contou com a participação de uma equipe multiprofissional formada pelos médicos radiologistas intervencionistas Bruce Bezerra Martins e Raimundo Teixeira de Araújo Júnior; e os residentes da cirurgia vascular, Michelly Bonates e Diego Rodrigues.
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