De tempos em tempos, a Lua parece maior. Ela atinge o perigeu: ponto da órbita mais próximo da Terra. A tudo isso chamamos de Superlua – e a melhor do ano ocorre nesta terça-feira (19).
O termo superlua foi criado em 1979 e é usado frequentemente pelos astrônomos para resumir a união do perigeu com a Lua cheia. Não é uma situação rara de apreciar, mas é uma excelente oportunidade para quem quer começar a observar o céu.
"Em 19 de fevereiro, a Lua estará cheia apenas seis horas após atingir o perigeu, e será a maior e mais brilhante Lua cheia do ano. Uma outra Superlua também ocorreu em janeiro com um perigeu um pouco mais distante, a 14 horas da Lua cheia", disse Mitzi Adams, astrônomo da agência espacial americana (Nasa).
Detalhes importantes:
- A órbita da Lua ao redor da Terra tem forma elíptica - uma forma oval que aproxima e distancia o satélite do nosso planeta;
- O ponto mais distante dessa elipse é chamado apogeu. É quando acontece a Microlua;
- O ponto mais próximo é o perigeu;
- Quando a Lua está cheia e em seu perigeu (Superlua), ela pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante ao ser vista da Terra do que no momento do apogeu, segundo a Nasa.
Como observar?
As Superluas podem ser observadas a olho nu, mas, segundo a Nasa, é difícil para os nossos olhos fazerem a distinção precisa dessas mudanças de tamanho com o satélite localizado em um lugar tão alto e em um vasto céu à noite.
Como fotografar?
Fotografar o fenômeno pode ser uma tarefa complicada. Por emitir bastante luz e ser fotografada normalmente quando já está totalmente escuro, a Lua acaba se tornando uma mancha branca no meio do céu. Para resolver esse e outros problemas o G1 preparou algumas dicas, confira:
1. Luz
O mais importante é fazer a medição correta da luz. A Lua é um corpo celeste muito brilhante, e como na maioria das vezes ela é fotografada durante a noite, é comum que o celular faça uma medição geral do quadro (onde 90% do espaço está escuro) e a Lua vire um borrão de luz branca. Para resolver isso é preciso colocar a medição do celular exatamente em cima da Lua. Se for um iPhone, basta colocar o quadradinho sobre o satélite. No Android, é um círculo. Se o seu celular oferecer a opção de posicionar o foco em um ponto infinito, habilite-a. Aplicativos com controles manuais também podem ser utilizados para atingir a medição correta.
2. Horário
Para que a foto não seja apenas um fundo preto com uma bolinha branca o ideal é fotografá-la antes que o céu esteja totalmente escuro. Um bom horário é o momento do crepúsculo, por volta das 19h, quando o céu ainda está relativamente claro e a Lua já está alta e grande o suficiente para uma boa foto.
3. Enquadramento
As fotos ficam mais interessantes quando vão além da Lua sozinha com o céu de fundo. Tente incluir pessoas, árvores, pássaros ou outros elementos na composição da foto. Se você tiver acesso a algum local alto, como o topo de um prédio, fotografe de lá para ter a cidade na composição com a lua.
4. Configuração
Utilize a maior resolução disponível no aparelho. Se puder escolher também a quantidade da imagem deixe sempre a opção com menor compressão. Apesar dos arquivos ocuparem mais espaço na memória, vale a troca por imagens com mais detalhes e menos ruídos causados pela compressão. Se o seu celular possuir a opção de fazer imagens com HDR, acione-a. A tecnologia aumenta a capacidade do aparelho de capturar luzes com diferentes intensidades.
5. Acessórios
Por cerca de 80 reais é possível comprar um adaptador de lente teleobjetiva para o celular. Essa lente aumenta o poder do ‘zoom’ do aparelho. Como a maioria dos celulares tem uma lente bem aberta, é bastante recomendável utilizar uma dessas para fotografar a Lua.
6. Luminosidade
Reduza a luminosidade para ressaltar os traços da Lua e suas cores. Tanto em iPhone quanto em Android, é só deslizar a bolinha que aparece do lado do quadradinho ou da bolinha.
7. ISO
Se o celular selecionar opções manuais de fotografar, opte por diminuir ao máximo o ISO, que determina a sensibilidade da câmera. A Lua já fornecerá luz intensa o suficiente.
8. Modo contínuo
Diversos celulares permitem que se tirem várias fotos em sequência enquanto se segura o botão de disparo. Esse recurso pode ser utilizado para evitar fotos tremidas.
9. Selfies/Retratos
Selfies não são uma boa ideia pela baixa qualidade da câmera frontal da maioria dos telefones. Já o problema de tirar retratos de pessoas com a Lua ao fundo é a grande diferença de luz entre a pessoa e o satélite da Terra. Para que a pessoa saia bem iluminada, o celular utilizará uma configuração que provavelmente tratará a Lua como uma fonte emissora de luz muito grande. O resultado será desagradável: a Lua vai virar um borrão branco. Uma alternativa é utilizar o flash ou tirar a foto no início da noite, antes de escurecer totalmente.
Fonte: G1
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