Cerca de 7,7 mil litros de óleo inflamável foram retirados nesta semana da Estação de Tratamento de Esgoto do Vinhais, em São Luís. A grande quantidade de combustível chegou à estação pela rede de esgoto, algo muito atípico.
O óleo retirado da rede pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) ainda quebrou dois conjuntos de bombas. O fato está sendo investigado pela polícia.
“Estamos atrás da origem do material, que pode ser um descarte inadequado de caminhões em nossa rede. O fato é que material inflamável e de grande preocupação porque prejudica o tratamento do esgoto nos reatores, nas unidades de tratamento”, explicou o presidente da Caema, Carlos Rogério.
Após o registro do Boletim de Ocorrência na Delegacia de Meio Ambiente, equipes do Instituto de Criminalística (Icrim) periciaram a ETE Vinhais e a região da Estação Elevatória do Pimenta 1, na Av. Litorânea.
“No local foram verificados vestígios relacionados à presença de substância oleosa indicativa de presença de hidrocarboneto na Estação Elevatória 1”, informou o diretor do Icrim, Robson Mourão Lopes.
O órgão também periciou outros pontos da rede e continua realizando a análise do mapa do esgoto para identificação da origem do descarte.
De acordo com a delegada de Meio Ambiente, Ana Rachel, além de identificar os autores do descarte irregular do combustível, o interesse da Polícia é interromper a prática.
“Tomamos todas as providências, é uma prioridade nossa. E o mais importante é fazer parar, pois esse despejo, se acontecer novamente, pode ser muito grave. Se essa estação parar, todo o esgoto in natura poderá ser jogado no mar, um risco para todo mundo”, disse a delegada.
O despejo pode ser enquadrado como crime de poluição e é previsto na Lei de Crimes Ambientais. Os responsáveis podem ser penalizados com prisão de seis meses cinco anos, além de multa.
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