quarta-feira, 26 de setembro de 2018

"DURO GOLPE NA GOLPISTA", DIZEM OS PETISTAS EM ALUSÃO ÀS ACUSAÇÕES SOBRE O ESPOSO DE ELIZIANE GAMA

Eliziane e o marido com Flávio Dino e Weverton no lançamento da sua pré-candidatura ao Senado
A deputada federal e candidata ao Senado Eliziane Gama (PPS) amargou profunda decepção ao descobrir, em plena campanha eleitoral, que seu marido é titular de três Cadastros de Pessoas Físicas (CPF’s), com três identificações diferentes. Deve ter sido difícil para a irmã, como a parlamentar é apelidada por setores da imprensa e da blogosfera, ser surpreendida com essa e tantas outras revelações sórdidas sobre o passado do homem com quem contraiu matrimônio há menos de um ano, com juras de amor, fidelidade e sinceridade, e que parecia confiável, até seu passado nebuloso vir à tona.
Com certeza, foi um duro golpe, não apenas no coração da mulher Eliziane, mas também nas pretensões eleitorais da candidata a senadora. Tanto que ela gravou logo um programa no horário eleitoral para dar nomes aos supostos culpados pelo que chamou de atentado à sua família. Em outra frente, acionou a Justiça para impedir que o caso continuasse sendo divulgado na imprensa, censura que conseguiu impor durante alguns poucos dias, mas que foi derrubada pela sensatez, que também deve prevalecer em qualquer julgamento.
Se antes vinha aparecendo com destaque na campanha da esposa, Inácio Cavalcante Melo Neto – ou Inácio Guimarães de Oliveira Melo Neto ou, ainda, Inácio Mello Neto, conforme constam em diferentes documentos que ele comprovadamente usou, para fins que só uma investigação policial séria pode esclarecer -, já não é mais visto publicamente. Tudo indica que foi a única forma encontrada por Eliziane para tentar evitar que as peripécias do marido comprometam ainda mais, e de forma irreversível o seu projeto político.
Outrora atuante nos atos políticos da esposa, a ponto de dar palpites na propaganda dela e de aparecer em fotos ao lado de figurões do grupo comunista, como o próprio Flávio Dino, e Márcio Jerry, fiel escudeiro do governador, Inácio foi retirado de cena na esteira do escândalo que protagonizou, que não apenas respingou em Eliziane, mas pode atrapalhar os planos palacianos de continuar no poder, uma vez que retiraria do páreo uma candidata que vem pontuando bem nas pesquisas para o Senado, sobretudo naquelas encomendadas pela coligação dinista.
Com medo de mais um fiasco eleitoral, como o que protagonizou ao lançar-se, na condição de favorita, à disputa pela Prefeitura de São Luís, em 2016, e da qual saiu arruinada eleitoralmente, a irmã tenta, a todo custo, se esquivar das broncas do marido, que além da multiplicidade de CPFs, incluem inquéritos policiais e processos judiciais por ameaças, agressões físicas e verbais a ex-companheiras e a familiares destas e não pagamento de pensão alimentícia.
A tentativa de  Eliziane de preservar a própria imagem ante os atos de desonra cometidos pelo marido faz todo sentido. Até porque só ela tem a perder, a julgar pela serenidade e desenvoltura que o companheiro demonstra, mesmo com uma folha corrida tão extensa.
Como se não bastasse o seu inferno particular, Eliziane ainda é obrigada a suportar manifestações de júbilo e ironia dentro do eu próprio grupo político, principalmente de petistas, que classificam seu tormento como “duro golpe na golpista”, em alusão ao seu  voto favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Por Daniel Matos

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