Por Gilberto Léda
Estratégia
Foi avaliada como positiva pelo comando da campanha a estratégia do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), líder nas pesquisas em São Luís, de não ir ao debate.
Com a ausência do pedetista, a “estrela” do encontro foi o deputado estadual Wellington do Curso (PP), segundo colocado, que acabou virando o alvo preferencial dos adversários.
E não se saiu bem…
Pancadaria
A série de pancadas sobre Wellington começou com Eliziane Gama (PPS), que falou sobre débitos de IPTU – o pepista disse que já pagou.
Fábio Câmara o questionou sobre o destino do VLT, que seria levado para a Litorânea – o pepista negou.
Eduardo Braide (PMN) o questionou por não haver destinado emendas para Saúde e Educação – o pepista disse que suas emendas não são liberadas pelo Governo do Estado.
Vereador?
Alguns pequenos detalhes reforçaram a impressão geral de que, sob fogo cruzado, Wellington do Curso não reagiu bem.
Em determinado ponto do debate ele chegou a chamar o governador Flávio Dino (PCdoB) de vereador.
Vai precisar de reforço nas aulas com o media training, ou pode piorar as coisas nos debates das TVs Difusora e Mirante.
VLT
Criticado depois de sugerir, na sabatina O Estado, logo no início da campanha, que o VLT fosse usado para transporte de uma ponta à outra da Avenida Litorânea – adversários o acusaram de querer transformar o veículo num “trenzinho” – Wellington voltou atrás.
Disse no debate da Guará que nunca disse isso…
Não faça isso, candidato.
Destaque
Por outro lado, que se destacou foi o deputado estadual Eduardo Braide (PMN).
Para muitos uma surpresa, o candidato do PMN, na verdade, apenas mostrou – desta vez com tempo suficiente – um pouco da competência oratória que já apresenta há anos na Assembleia Legislativa.
Sereno e objetivo, Braide apresentou propostas, explicou-as e conseguiu transmitir com propriedade a experiência que já teve como gestor, à frente da Caema.
Arrancada
Braide, a propósito, é apontado pela maioria dos observadores da cena política local como o candidato de maior potencial de crescimento na eleição deste ano.
Mas tem esbarrado, até aqui, num obstaculo intransponível: a falta de tempo na propaganda eleitoral para expor suas ideias. São menos de 10 segundos por programa.
Agora com tempo igual nos debates – e ainda restam dois – ele tem a chance de falar ao eleitor em pé de igualdade com os adversários.
O que faz crer na possibilidade de uma arrancada na última semana de campanha.
Falar em arrancada final após debates faz lembrar da deputada federal Eliziane Gama (PPS), que cresceu em 2012 justamente após o debate da TV Mirante.Abatimento
Neste ano, contudo, a maré não anda nada boa para a popular-socialista. Nada do que ela tem feito dá certo.
E o desempenho da candidata na TV Guará não foi satisfatório. Após o programa o sentimento de aliados era de abatimento.
Arsenal
O vereador Fábio Câmara (PMDB) parecia uma metralhadora ambulante: atirou para todos os lados que pôde.
Mas não acertou em muita coisa.
Desempenho apenas regular.
Rose Sales foi?
A candidata do PMB ficou apagada…
Isenção
Há que se destacar a isenção da TV Guará durante todo o debate. Mesmo tendo seu comando posicionado pró-Eliziane Gama, isso não interferiu em nada a favor da popular-socialista.
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