sábado, 21 de maio de 2016

Ministério da Saúde confirma 1.384 casos de microcefalia


Por Portal Brasil

Foram descartados 2.818 casos e 3.332 permanecem em investigação. Desde o início das investigações, em outubro de 2015, foram notificados 7.534 casos suspeitos 


O Informe Epidemiológico de Microcefalia divulgado nesta quarta-feira (18) pelo Ministério da Saúde confirma 1.384 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em todo o país. O boletim reúne as informações encaminhadas semanalmente pelas secretarias estaduais de saúde até o dia 14 de maio.



No total, foram notificados 7.534 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 3.332 permanecem em investigação. Outros 2.818 foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso.



Os 1.384 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 499 municípios, localizados em 26 unidades da federação. Não existe registro de confirmação apenas no estado do Acre. Desses casos, 207 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.



Em relação aos óbitos, no mesmo período, foram registrados 273 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Destes, 59 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 177 continuam em investigação e 37 foram descartados.



O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.



A pasta orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.



Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 14 de maio de 2016 



Regiões e Unidades Federadas
Casos  de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita
Total acumulado1 de casos Notificados de 2015 a 2016
Em investigação
Confirmados2,3
Descartados4
Brasil
3.332
1.384
2.818
7.534
Alagoas
75
65
149
289
Bahia
650
243
205
1.098
Ceará
220
97
164
481
Maranhão
90
117
45
252
Paraíba
338
125
418
881
Pernambuco
555
354
1038
1.947
Piauí
23
76
64
163
Rio Grande do Norte
266
106
50
422
Sergipe
142
50
39
231
Região Nordeste
2.359
1.233
2.172
5.764
Espírito Santo
86
11
45
142
Minas Gerais
48
3
55
106
Rio de Janeiro
282
55
108
445
São Paulo
164a
8 b
107
279
Região Sudeste
580
77
315
972
Acre
21
0
17
38
Amapá
4
6
1
9
Amazonas
10
4
5
19
Pará
28
1
0
29
Rondônia
3
4
7
14
Roraima
9
8
7
24
Tocantins
103
5
28
136
Região Norte
176
28
65
269
Distrito Federal
3
5
33
41
Goiás
68
14
52
134
Mato Grosso
112
15
89
216
Mato Grosso do Sul
2
2
14
18
Região Centro-Oeste
185
36
188
409
Paraná
6
4
27
37
Santa Catarina
0
1
4
5
Rio Grande do Sul
26
5
5
47
Região Sul
32
10
78
120
Fonte: Secretarias de Saúde dos Estados e Distrito Federal (dados atualizados até 14/05/2016).
1. Número cumulativo de casos notificados que preenchiam a definição de caso operacional anterior (33 cm), além das definições adotadas no Protocolo de Vigilância (a partir de 09/12/2015) que definiu o Perímetro Cefálico de 32 cm para recém-nascidos com 37 ou mais semanas de gestação e demais definições do protocolo.

2. Apresentam alterações típicas: indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas, dilatação dos ventrículos cerebrais ou alterações de fossa posterior entre outros sinais clínicos observados por qualquer método de imagem ou identificação do vírus Zika em testes laboratoriais.
3. Foram confirmados 205 casos por critério laboratorial específico para vírus Zika (técnica de PCR e sorologia).
4. Descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas confirmada por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de casos. 

  1. a.  Conforme informado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo 163 casos se encontram em investigação para infecção congênita. Desses, 40 são possivelmente associados com a infecção pelo vírus Zika, porém ainda não foram finalizadas as investigações.
  2. b. 01 caso confirmado de microcefalia por Vírus Zika em recém-nascido com local provável de infecção em outra UF. 

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