Por Portal Brasil
A chama olímpica está a caminho de Brasília e será conduzida, a partir desta terça-feira (3), pelas cinco regiões brasileiras. Conheça um pouco dos dez primeiros condutores da tocha, que vão dar os passos iniciais no Brasil para a realização do maior evento esportivo de sua história:
Fabiana Claudino
Bicampeã olímpica (2008 e 2012) e capitã da seleção brasileira de voleibol, Fabiana Claudino é considerada uma das melhores centrais do mundo, e deve ser uma das apostas do técnico José Roberto Guimarães para buscar o tricampeonato olímpico nos Jogos Rio 2016. Fabiana será a primeira atleta a carregar o símbolo em solo brasileiro, depois que a chama for reacesa pela presidenta Dilma Rousseff. A chama olímpica é preservada numa lanterna e não na tocha. É com o fogo da lanterna que as tochas são acesas.
Artur Ávila Cordeiro de Melo
Primeiro pesquisador brasileiro e da América Latina a receber a Medalha Fields, considerada o Nobel da Matemática, o carioca Artur Ávila Cordeiro de Melo vai conduzir a tocha para ressaltar a importância da educação para o desenvolvimento do país e para a formação de seus atletas e cidadãos.
Gabriel Medina
Um dos grandes ídolos do esporte brasileiro na atualidade, Gabriel Medina iniciou ainda na adolescência sua trajetória vitoriosa no surfe, até tornar-se, em 2014, o primeiro brasileiro a conquistar o título do Circuito Mundial de Surfe (WCT).
Hanan Khaled Daqqah Hanan
A menina de 12 anos morava com a família em Idlib, no nordeste da Síria, um dos palcos da guerra civil no país. Após viver em um campo de refugiados na Jordânia, chegou ao Brasil e, desde então, reside em São Paulo com seus parentes. A mãe de Hanan está grávida e ela vive a expectativa do nascimento de seu primeiro irmão brasileiro.
Adriana Araújo
É a única mulher brasileira medalhista olímpica no boxe, com o bronze conquistado há quatro anos, na categoria até 60 kg, em Londres. A medalha da pugilista baiana de 34 anos marcou o centésimo pódio do Brasil nos Jogos Olímpicos.
Ângelo Assumpção
Uma das promessas brasileiras na ginástica artística, Ângelo Assumpção é especialista em salto e solo, e integra a seleção brasileira. O atleta de 19 anos venceu o preconceito sofrido em um episódio de bullying na internet e hoje mostra porque valeu a pena acreditar no sonho do esporte.
Paula Pequeno
Melhor jogadora dos Jogos Olímpicos Pequim 2008, a bicampeã olímpica Paula Pequeno defende atualmente a equipe Brasília Vôlei. A ponteira de 34 anos teve uma trajetória vitoriosa na seleção brasileira e em equipes da Rússia e Turquia.
Aurilene Vieira de Brito
Diretora da Escola Estadual Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves (PI), um dos 30 municípios do Brasil com o pior do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a professora piauiense Aurilene Vieira de Brito transformou sua instituição em uma das melhores no ensino médio no país, após conquistar dezenas de medalhas em competições de matemática e química.
Vanderlei Cordeiro de Lima
Hoje com 46 anos, protagonizou um dos momentos mais marcantes da história dos Jogos Olímpicos. Ele liderava a maratona, em Atenas 2004, quando, a seis quilômetros da chegada, foi derrubado por um manifestante religioso, mas voltou à prova e conquistou o bronze. Pela demonstração de espírito olímpico, recebeu a medalha Pierre de Coubertin.
"Enquanto ex-atleta e medalha de bronze nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, é de um grande privilégio participar deste momento. Algo diferente, mas grandioso, esse de carregar o maior simbolismo da Olimpíada. E nesse tour que a tocha vai fazer já começaremos a contagiar o país para essa grande festa que vamos realizar. Enquanto eu estiver carregando este grande símbolo por Brasília, eu espero com muita alegria e emoção poder compartilhar com as pessoas ao meu redor esse sentimento único", disse Vanderlei.
Gabriel Hardy
Aos 16 anos, Gabriel Hardy acumula prêmios e conquistas, como o Campeonato Brasileiro juvenil e o terceiro lugar no Sul-Americano de caratê. Aluno da rede pública estadual de Sobradinho, o atleta é agente jovem Transforma, programa educacional que leva os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 às escolas.
Chama que não se apaga
A cada edição, diferentes tecnologias são empregadas para evitar que a chama se apague debaixo de chuva, por falta de combustível ou outra intempérie. Por garantia, ainda na Grécia, a equipe organizadora já acende uma chama reserva dias antes da chama principal nascer. O objetivo é evitar que um dia nublado estrague a festa, apague o fogo e haja dificuldade em acender o fogo, mesmo com a utilização de lentes especiais.
Da mesma forma, em cada cidade-sede, o comitê local mantém uma chama reserva para eventualidades. Em seu deslocamento nestes anos, o fogo olímpico já cruzou o Canal da Mancha de navio, enfrentou a neve, mergulhou até a Grande Barreira de Corais, na Austrália, chegou ao espaço, andou de cavalo e camelo e viajou em canoas indígenas.
Festa em Brasília
A festa de celebração da tocha olímpica em Brasília começará às 16 horas, nesta terça-feira (3), no gramado central da Esplanada dos Ministérios, na altura da Biblioteca Nacional. O revezamento da chama ainda estará em andamento quando for iniciada a comemoração com dez atrações locais e duas nacionais. No espaço, haverá também feira de artesanato e praça de alimentação.
Antes do show de encerramento, comandado pela baiana Daniela Mercury, o fogo olímpico chegará, por volta das 20h50, ao local da festa conduzido pela atual secretária do Esporte, Turismo e Lazer do DF e duas vezes medalhista olímpica do vôlei, Leila Barros. Em seguida, o Comitê dos Jogos do Rio 2016 comandará cerimônia no palco.
Mais cedo, no intervalo de apresentações musicais, ocorrerá no local um Ato pela Paz Mundial, realizado pelas pastas do Esporte, da Cultura e da Segurança Pública e Paz Social. O ato está agendado para as 19h20. Entre os participantes convidados estão a pacifista Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, viúva de Nelson Mandela e ex-ministra de Moçambique, e o ex-atleta Joaquim Cruz, campeão olímpico.
Abrem a celebração às 16 horas a Escola de Samba da Aruc, as cantoras Renata Jambeiro e Dhi Ribeiro. Todos se apresentarão juntos até as 16h40, com participação especial do Namastê, grupo que também tocará com Ellen Oléria, na sequência. Às 18h10, será a vez do carioca Diogo Nogueira.
Antes mesmo da festa, ainda no início do revezamento, haverá música para o público. A Banda Batalá tocará das 10 horas às 11h20 na Praça dos Três Poderes. Mais para o fim do trajeto, no Museu dos Povos Indígenas, o Ministério da Cultura organiza uma solenidade com apresentação cultural das 19h20 às 20 horas.
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