Por: O Imaparcial
Nos próximos dois anos, quase 1,2 milhão de pessoas
receberão o diagnóstico de câncer no País. A informação é do Instituto Nacional
de Câncer (Inca), que lança nesta sexta-feira (27/11), as estimativas nacionais
para 2016 e 2017. Publicado desde 1995, o documento é um dos que balizam
investimentos e políticas públicas de controle e tratamento do câncer.
Pelos cálculos dos pesquisadores, haverá o registro de
596.070 casos a cada ano - as mulheres serão mais afetadas, com 300.870 casos.
Três em cada dez brasileiros receberão o diagnóstico de câncer de pele
não-melanoma, doença de baixa letalidade. É o tipo de câncer mais comum para
ambos os sexos.
Excluindo-se o câncer de pele não-melanoma, as mulheres
terão mais diagnósticos de cânceres e mama (57.960 casos/ano), cólon e reto
(17.620), colo do útero (16.340), pulmão (10.860), estômago (7.600), corpo do
útero (6.950), ovário (6.150), glândula tireoide (5.870) e linfoma não-Hodgkin
(5.030).
Entre os homens, os cânceres mais incidentes são os de
próstata (61.200), pulmão (17.330), cólon e reto (16.660), estômago (12 920),
cavidade oral (11.140), esôfago (7.950), bexiga (7.200), laringe (6.360) e
leucemias (5.540), também sem levar em consideração os cânceres de pele.
Regiões
Os dados do Inca mostram que há diferenças regionais. Entre
as mulheres da Região Norte, o câncer de mama não será o mais incidente - a
doença que mais as afeta é o câncer de colo de útero. A vida sexual precoce e a
dificuldade de acesso a exames explica a diferença. Já na Região Sul, o c
âncer
de colo de útero vai para a quarta posição, atrás de mama, cólon e reto e o de
pulmão.
Entre os homens da Região Norte e do Nordeste, o segundo
tipo de câncer mais comum é o de estômago. Os pesquisadores explicam que isso
pode estar ligado ao tabagismo e ao consumo de alimentos conservados no sal,
que aumentam o risco. As leucemias estão em sexto lugar na Região Norte, e em
nono na classificação nacional
"A realidade do País demanda ações tanto gerais, quanto
específicas para determinados grupos, regiões e seus respectivos fatores de
risco, como o combate ao fumo de forma geral, mas com ações direcionadas às
mulheres jovens, especialmente adolescentes, o combate à obesidade, o incentivo
à prática regular de atividade física e a disseminação de informações",
explica o vice-diretor-geral do Inca, Luiz Felipe Ribeiro Pinto.
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