Por: O Imparcial
A população de jovens no País conhecidos como
"nem-nem-nem" - que não estudam, não trabalham e não procuram emprego
- diminuiu no último ano. A proporção de pessoas de 15 a 29 anos nessa condição
caiu de 15% em 2013 para 13,9% em 2014, de acordo com a Síntese de Indicadores
Sociais 2015 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Também recuou o porcentual que se dedica somente aos
estudos, de 22,7% para 22,5%. Os dados coincidem com uma deterioração do
mercado de trabalho, com aumento na fila do desemprego, redução da formalidade
e perda de fôlego na renda do trabalhador, de acordo com os dados da própria
Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad).
Em 2014, o Brasil ainda tinha 1 em cada 5 jovens sem estudar
nem trabalhar. Grande parte morava nas regiões Norte ou Nordeste (45,6%), era
do sexo feminino (69,2%), tinha baixa escolaridade (média de 8,7 anos de
estudo), além de declarar ser de cor preta ou parda (62,9%). Entre as mulheres
nessa faixa etária de 15 a 29 anos que não trabalhavam nem estudavam, 58,1%
tinham ao menos um filho nascido vivo.
Por outro lado, aumentou o nível da ocupação entre os
idosos, ou seja, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais que estão
trabalhando. A fatia de homens ocupados nessa faixa etária subiu de 40,3% em
2013 para 41,9% em 2014, enquanto entre as mulheres esse contingente de
trabalhadoras cresceu de 17,1% para 18,9%.
"Da mesma forma como está havendo um aumento da
esperança de vida, há esperança qualitativa. Muitos idosos ainda estão
plenamente aptos a trabalhar", afirmou André Simões, pesquisador da
Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.
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