Por: O Imparcial
O fim do ano é uma oportunidade para quem quer trabalhar nas
vagas temporárias, mas, com a onda de crise no país, o efeito é inverso e até
no mês de novembro houve demissões.
“Efeito Inverso”! Essa é a atual situação que atravessa o
setor de comércio em relação às contratações no fim do ano. A demissão no
comércio de São Luís tomou o lugar das tão almejadas admissões temporária, onde
aumenta a movimentação no comércio e consequentemente precisa-se de mais
funcionários.
Com esta crise que o país atravessa que afetou o comércio de
forma letal, as lojas estão funcionando com o quadro reduzido entre 10% e 20%.
Segundo o levantamento feito pelo Sindicato dos Empregados do Comércio em São
Luís, o Sindcomérciários, de fevereiro até julho deste ano, houve o triplo de
demissões em relação a 2014, e sem contratações até o momento para as datas
festivas do fim de ano.
De acordo com Oswaldo Muller, presidente do
Sindcomerciários, duas lojas já fecharam as portas: By Express (vestuário),
localizada na Rua Grande, e Cauê (veículos), na Areinha, por conta da crise e
de questões administrativas. “Devido à situação econômica do país atualmente, a
inflação alta afetou o estado, a cidade e todos os segmentos, gerando
demissões. Setores como os de vestuário, calçado, eletro-eletrônicos, carros,
materiais de construção foram os mais afetados. O setor que sofreu menos perda
foram os do ramo de alimentação”, disse Oswaldo.
Sobre admissões, o comércio ainda não está contratando. As
lojas se encontram com o quadro de funcionários reduzidos de 10% a 20%%. O
sindicato dos comerciários não descarta a possibilidade de admissões ainda este
ano, mas somente a partir de dezembro, mês em que aumenta a procura dos
consumidores.
Caso haja contratações, os admitidos temporariamente terão o
direito de um trabalhador efetivo, incluindo carteira assinada, jornada de
trabalho, direito a intervalo, transporte, alimentação e 13º salário.
Dependendo dos dias trabalhados contará também com acompanhamento do sindicato
dos comerciários, no sentido de orientar profissionalmente esse trabalhador.
Sobre a previsão quanto às vagas temporárias para o fim de
ano, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão
a (Fecomércio-Ma) afirma que já projetava um momento desfavorável para as
contratações de empregados temporários no comércio este ano.
Sobre as contratações ou vagas disponíveis em relação ao ano
passado, o comércio superou as expectativas de contratações temporárias o
responsável por absorver cerca de 70% dos novos admitidos, principalmente as
lojas localizadas em shoppings.
Previsão de vagas disponíveis, caso se houver, a previsão é
que o comércio varejista restrito (aquele que não engloba a venda de
automotivos e materiais de construção) encerre o ano de 2015 com retração de
2,9%, o que irá refletir diretamente nos números de contratações temporárias.
A Fecomércio já prevê que o número de trabalhadores
temporários admitidos em São Luís deverá ficar entre 1 mil a 1.500 novas vagas
criadas, o que representa apenas 50% das contratações feitas no ano passado.
Setores que mais contratam são os supermercados, lojas de
vestuário, brinquedos e artigos de decorações, além dos setores de serviços,
como restaurantes. Já a média de permanência do trabalhador temporário é de
três meses, podendo ser prorrogado por mais três meses, nos casos de alta
temporada. Este ano, especificamente, os empresários do comércio deverão
atrasar no máximo a contratação de novos empregados, em razão da crise e da
baixa insistente nas vendas.
Com isso, a previsão da Fecomércio seria que as empresas
começassem a contratar a partir deste mês de novembro, para que esses novos
trabalhadores fossem treinados para atender os clientes de modo satisfatório
pois geralmente esse aumento deverá se concentrar basicamente em dezembro.
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