Por: G1
Lama chega ao mar no litoral
do ES
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A barreira de 9 km montada na Foz do Rio Doce, em Regência,
Linhares, Norte do Espírito Santo, não foi suficiente para impedir a lama de se
espalhar pelo mar na região. Segundo o vice-presidente do Comitê da Bacia do
Rio Doce, Carlos Sangalia, o resultado já era esperado, já que o material não é
apropriado para segurar água.
Já a Samarco informou que a eficiência das barreiras
instaladas nas áreas protegidas chegou a ser de até 80% se comparada a cor da
água no estuário, que é o local de encontro do rio com o mar, com o canal
principal do rio.
A lama de rejeitos de minério que vazou da barragem da
Samarco - cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP Billiton - em Mariana
(MG) chegou ao mar neste domingo (22), após passar pelo trecho do Rio Doce no
distrito de Regência, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, segundo o
Serviço Geológico do Brasil.
De acordo com Carlos Sangalia, o material de que são feitas
as boias não é apropriado para conter água ou barro. “Tentou-se adequar, mas
esse material não segura a água, não tem como. É mais para impedir algum
material suspenso, que vem por cima da água, algo mais grosso, para que seja
direcionado para a foz do rio”, destacou.
Ministra
Acompanhada pelo governador Paulo Hartung, na tarde desta
segunda-feira (23), às 15h, a ministra
do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, visita o município de Linhares, localizado
na região norte do Estado, para acompanhar as ações emergenciais que estão
sendo realizadas por conta dos rejeitos
de lama que castigam o Rio Doce desde o rompimento da barragem de minério, em
Mariana (MG).
Segundo o governo do estado, a vinda da ministra ao Estado
foi combinada na última quarta-feira
(18), no Palácio do Planalto, em Brasília, durante reunião de trabalho de
Hartung com a presidente Dilma Rousseff, o governador de Minas Gerais, Fernando
Pimentel e ministros. O encontro foi a primeira reunião do Comitê de Gestão e
Avaliação de Respostas ao desastre no Rio Doce.
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