terça-feira, 25 de agosto de 2015

TEMER DIZ NÃO PODER DEIXAR A ARTICULAÇÃO POLÍTICA "DE UMA VEZ"

Por: G1
O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (25) que continuará trabalhando na relação entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Em entrevista coletiva em seu  gabinete, ele disse também que deixou a “primeira fase” da articulação política, após a aprovação pelo Legislativo do ajuste fiscal, para assumir o que chamou de “segunda fase”.
Nesta segunda (24), Temer se reuniu com a presidente Dilma Rousseff para tratar do tema. Conforme já haviam afirmado Blog da Cristiana Lôbo e o Blog do Gerson Camarotti, o peemedebista decidiu deixar o comando do dia a dia da articulação política do governo para se dedicar às questões da macropolítica.
“Passamos a primeira fase [da articulação política], que foi a do ajuste fiscal, onde o governo teve as vitórias necessárias, e agora estamos na segunda fase da coordenação política, fase na qual me encontro, que é exatamente a que vamos continuar trabalhando na relação com o Congresso, com o Judiciário, na relação com os estados e, portanto, reunindo várias vezes os líderes da Câmara e do Senado para trocarmos ideias sobre o Brasil”, afirmou Temer.
Para Temer, a etapa de negociação de cargos no governo e liberação de emendas está “praticamente solucionada”. Segundo ele, funcionários da Secretaria de Relações Institucionais continuarão cuidando do assunto.
“Na verdade, vamos continuar trabalhando na coordenação econômica, social e política do nosso país. Continuo nesta articulação, formatada desta outra maneira”, completou.

Histórico

O peemedebista assumiu a interlocução do Planalto com o Congresso Nacional em abril deste ano. Na ocasião, o então ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, foi transferido para o comando da Secretaria de Direitos Humanos após se desgastar na função com integrantes do Legislativo.
O enfraquecimento de Pepe Vargas na interlocução política teve início em fevereiro, no processo eleitoral que elegeu o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o comando da Câmara dos Deputados. Ao lado do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o ministro das Relações Institucionais se envolveu na campanha interna da Câmara para tentar eleger o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Diante da crise política gerada pela dificuldade de interlocução, a presidente da República delegou ao vice a responsabilidade de negociar com o parlamento. O primeiro grande desafio de Temer na função foi negociar a aprovação das medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo federal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário