Por: Robert Lobato
As manifestações anti-Dilma voltaram às ruas neste domingo (12), mas não com a mesma força. Segundo estimativas da Polícia Militar, foram 275 mil pessoas em São Paulo, pouco mais de um quarto do estimado pela PM no ato do dia 15 de março, 1 milhão de manifestantes.
Com um número reduzido de pessoas nas ruas, o MBL (Movimento Brasil Livre) disse que não convocará mais protestos em São Paulo, de acordo com o líder do grupo, Kim Kataguiri.
Na próxima sexta-feira, no entanto, o MBL organizará uma passeata da capital paulista até Brasília. Ainda não foram confirmados o roteiro e os participantes da caminhada.
“A ideia é levar o protesto até o Congresso Nacional. Tem um peso enorme fazermos o protesto aqui em São Paulo, mas a pressão só vamos sentir na porta deles”, disse Kataguiri.
André Antunes, líder do movimento XV de Março, presente no ato organizado em São Paulo, disse ser favorável ao impeachment de Dilma, mas contra os pedidos de intervenção militar que mais uma vez estiveram presentes nas manifestações anti-governo. “O instrumento que será utilizado para a saída da presidenta não importa. Ela é culpada por omissões cometidas no caso da Petrobrás e pelo uso do dinheiro desviado na sua campanha política. A Dilma pode renunciar, já que uma presidente com 7% de aprovação é incapaz de governar qualquer país. A única coisa que nosso movimento não apoia é a intervenção militar; porque nós achamos que há condições pra ela sair dentro da lei, e conclamar os militares é algo inconstitucional.”
Brasil
Em Brasília, pelo menos 20 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), caminharam pela Esplanada dos Ministérios em direção ao Congresso Nacional com faixas e palavras de ordem pedindo a saída de Dilma do governo e o fim da corrupção, entre outros. Vestidos de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil, os manifestantes foram acompanhados por 3 mil policiais. Em março, 45 mil pessoas participaram da marcha na capital, segundo a PM.
Em Belo Horizonte, o protesto se concentrou na Praça da Liberdade. Convocado pelas redes sociais por diversas organizações, o ato também pediu o fim da corrupção, a reforma política e oimpeachment da presidenta Dilma. De acordo com a PM de Minas Gerais, por volta de 12h, 3 mil pessoas participavam do protesto. Na manifestação do dia 15 de março, 24 mil pessoas estiveram no local, também segundo a polícia.
Da Praça da Liberdade, os manifestantes devem seguir até a Praça da Estação, no centro da capital da mineira, onde o ato deverá ser encerrado.
Em Manaus, a concentração, marcada para as 9h, na Praça do Congresso, no centro da capital, começou tímida por causa da chuva, segundo os organizadores. De acordo com o integrante do Movimento Brasil Livre Jean Batista, cerca de 10 mil pessoas participam da manifestação. A Polícia Militar informou que, por volta das 11h, havia 360 manifestantes. O grupo caminhou por algumas ruas do centro da capital amazonense e já começou a se dispersar. Segundo a PM, 420 polícias militares acompanham o movimento e nenhuma ocorrência foi registrada.
Em São Luís, cerca de 3 mil manifestantes se concentram na Avenida Litorânea, segundo os organizadores do Movimento Brasil Livre. A PM ainda não fez a estimativa oficial, mas informou que um número reduzido de pessoas participam do movimento. Aproximadamente 20 policiais acompanham a manifestação.
No Rio de Janeiro, a Orla de Copacabana voltou a ser tomada por manifestantes contrários ao governo. Acompanhados de três carros de som e com bandeiras diversas, o grupo caminha pela Avenida Atlântica. Além do pedido de impeachment da presidenta Dilma e de investigação das denúncias de corrupção, há, entre os manifestantes, os que defendem a reforma política e grupos que pedem o retorno dos militares ao poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário