Por: Jorge Aragão
A morte de uma das maiores lideranças indígenas do Maranhão, Eusébio Ka’apor, na segunda-feira (27), vai deixando o clima extremamente tenso na região que engloba os municípios de Centro do Guilherme, Santa Luzia do Paruá e Maranhãozinho.
Pelas informações já obtidas pelo Blog, Eusébio Ka’apor já estava sendo ameaçado por madeireiros e até mesmo políticos da região, tudo por conta das terras indígenas que estavam sendo invadidas em virtude do comércio clandestino de madeira nobre.
Eusébio foi vítima de dois tiros nas costas, numa emboscada na localidade Pedro, entre os municípios de Centro do Guilherme e Santa Luzia do Paruá. O conflito já vinha se arrastando há pelo menos quatro anos, tanto que o assunto já foi destaque na imprensa nacional (veja aqui).
No entanto, desde o início do ano, o clima foi ficando mais tenso, tanto que em janeiro, uma reunião foi realizada na cidade de Santa Inês, com a presença inclusive do secretário de Direitos Humanos do Maranhão, Chico Gonçalves. Naquela oportunidade, Eusébio Ka’apor informou que estava sendo ameaçado e que se não recebesse proteção seria morto, como de fato aconteceu nesta semana.
Após o assassinato de Eusébio, o clima ficou ainda mais tenso e na tribo indígena a revolta é geral, muitos temem por um conflito.
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