O Governo do Estado está desenvolvendo ações para transformar o Maranhão em referência nacional no afroturismo. Com uma grande vocação para explorar o turismo de base comunitária a partir de roteiros nos polos turísticos de São Luís, Munim e Floresta dos Guarás, a gestão estadual está unindo forças com a sociedade civil auxiliando na organização e fortalecimento das comunidades.Dentro do polo turístico São Luís, a capital e a cidade de Alcântara são os destaques para o afroturismo. O Quilombo Urbano da Liberdade, em São Luís, desperta a atenção e o interesse dos visitantes, sendo atualmente uma referência na localidade.
Em Alcântara, além do registro histórico presente na cidade, o município concentra a maior quantidade de comunidades quilombolas do país, e entre as mais conhecidas está Itamatatiua.
“Estamos em processo de formatação de roteiros turísticos, buscando garantir infraestrutura e qualidade nos serviços oferecidos. Esse é um trabalho colaborativo que envolve diversas secretarias estaduais e o Sebrae, com foco em regiões como o Munim e a Floresta dos Guarás, e em quilombos históricos. Nosso objetivo é construir experiências de turismo enriquecedoras, valorizando a cultura e o patrimônio afrodescendente no Maranhão”, afirmou a secretária de Estado do Turismo, Socorro Araújo.
Durante o ano passado foram percorridos os nove polos turísticos do estado para levantamento da estrutura dos principais atrativos turísticos, de equipamentos referenciados no Cadastur do Ministério do Turismo, além da qualificação das cadeias produtivas. Em relação às potencialidades do afroturismo se destacaram os Polos do Munim e da Floresta dos Guarás.
O Polo Floresta dos Guarás tem recebido uma orientação especial para articulação e organização das comunidades de forma a estruturar os serviços de hospedagem para receber grandes grupos de turistas. Entre os municípios com comunidades quilombolas na região estão Guimarães, Mirinzal, Bequimão, Cedral, Porto Rico do Maranhão e Serrano do Maranhão. Foi abordada a importância da hospitalidade, do bom atendimento nos estabelecimentos e do acolhimento aos diferentes perfis de turistas.
Já o polo turístico do Munim reúne comunidades quilombolas com potencial para desenvolvimento do turismo em Rosário, Itapecuru Mirim e Vargem Grande.
O Quilombo Boa Vista, em Rosário, é conhecido pela exploração do coco babaçu, por meio do grupo Sabor e Arte, formado por mulheres quebradeiras de coco que produzem diversos produtos, desde óleos e cosméticos até alimentos.
A região também conta com a Rota dos Quilombos na cidade de Itapecuru Mirim. O projeto envolve os Quilombos Outeiro dos Nogueiras, Canta Galo e Pedrinhas, e faz parte das ações transitórias do Plano Básico Ambiental Componente Quilombola (PBACQ), implementadas pelo Instituto de Políticas Sustentáveis do Maranhão (Insposuma). As iniciativas são executadas pela empresa Vale, a partir do Programa de Fortalecimento e Socialização da Cultura Quilombola.
Todas essas potencialidades foram conhecidas com visitas in loco realizadas pela Secretaria de Estado do Turismo do Maranhão (Setur-MA) a partir do Programa Expedições do Turismo.
Projeto Olojá
Outra importante ação desenvolvida pela gestão estadual é o projeto ‘Olojá: Caminhos de Desenvolvimento do Afroturismo no Maranhão’, encabeçado pela Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop). A proposta conta com a contribuição de vários órgãos estaduais e, também, mobiliza instituições financeiras e organizações do setor.
O somatório de forças é uma marca da gestão estadual no desenvolvimento de ações estratégicas. O primeiro momento do projeto reuniu diversas instituições, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Diáspora.black, Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), dentre outras entidades.
“Essa é uma iniciativa que o governador Carlos Brandão tem orientado os secretários de Estado a construir políticas públicas efetivas, que tragam desenvolvimento econômico para dentro dos territórios quilombolas, e acima de tudo garantir os direitos humanos dessa população com o trabalho digno”, destaca a secretária da Sedihpop, Lília Raquel de Negreiros.
Com o projeto foram compartilhadas experiências que poderão ser adotadas no estado, como uma versão do "Iniciativa Valongo" desenvolvido na cidade do Rio de Janeiro (RJ) pelo BNDES para preservação da memória de espaços como o edifício Docas II e o Cais do Valongo. Também foram compartilhadas experiências locais, como do município de São Luís com o Quilombo Urbano Liberdade.
“Essa é uma grande movimentação para tratar do desenvolvimento econômico do estado focado no afroturismo. É um tema extremamente relevante para o desenvolvimento econômico do nosso estado, tendo em vista que o Maranhão é o primeiro em número de comunidades quilombolas e o segundo estado em número de pessoas que se autodeclaram negras, entre pretos e pardos”, ressaltou Lília Raquel.
Com o Projeto Olojá, foi criada uma comissão para acompanhar as ações e estratégias de afroturismo, além de um planejamento para reuniões futuras de avaliação do progresso das iniciativas.
As ações reforçam o compromisso da gestão estadual e da sociedade civil em trabalhar juntas para valorizar a cultura afro-maranhense e atrair investimentos para o setor, gerando oportunidades para as comunidades locais.
Fonte: Governo do Maranhão
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