terça-feira, 16 de julho de 2024

MPF consegue condenação de fiscais por corrupção no Ibama do Maranhão

O Ministério Público Federal (MPF) conseguiu a condenação de dois fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Maranhão por atos de improbidade administrativa. A decisão foi tomada pela Justiça Federal após a ação civil proposta pelo MPF, que acusou os fiscais de cobrarem vantagens indevidas para liberar irregularmente cargas de madeira apreendidas.

As investigações revelaram que os fiscais cobraram pelo menos R$ 11 mil de particulares para a liberação das cargas. Utilizando veículos oficiais do Ibama, eles realizavam rondas de rotina em várias cidades do interior do Maranhão. Interceptações telefônicas e gravações de áudio autorizadas pela Justiça mostraram os fiscais exigindo dinheiro em troca da liberação das cargas, ameaçando os particulares com maiores prejuízos caso não pagassem as propinas.

Os dois agentes foram condenados a:

  • Perda das funções públicas
  • Suspensão dos direitos políticos por quatro anos
  • Proibição de contratar com o Poder Público
  • Perda dos valores acrescidos irregularmente ao patrimônio, totalizando R$ 11 mil a ser dividido entre os dois condenados
  • Multa no mesmo valor de R$ 11 mil

A decisão ainda cabe recurso. Os fiscais já haviam sido demitidos de suas funções após um processo administrativo disciplinar conduzido pelo próprio Ibama.

A ação civil, registrada sob o número 1006271-68.2018.4.01.3700, é mais um exemplo do esforço das autoridades em combater a corrupção e práticas ilícitas no serviço público, assegurando a integridade e a confiança nas instituições responsáveis pela preservação ambiental no Brasil.

O caso chama a atenção para a importância da fiscalização e transparência nas ações de órgãos públicos, especialmente aqueles responsáveis por áreas sensíveis como o meio ambiente. A condenação dos fiscais do Ibama é vista como um passo significativo na luta contra a corrupção e na garantia de que os recursos naturais do país sejam protegidos de maneira ética e legal.

A comunidade e as autoridades esperam que a decisão sirva como um exemplo para outros servidores públicos, reforçando a necessidade de condutas íntegras e alinhadas com os princípios da administração pública.

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