Reuniões de Luciane no Ministério da Justiça foram com os secretários de Políticas Penais, Rafael Velasco; de Assuntos Legislativos, Elias Vaz; e com a coordenadora do Pronasci, Tamires Sampaio
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) solicitou, nesta segunda-feira (13), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, após vir à tona que a mulher de um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas fez duas visitas ao Ministério da Justiça neste ano. O documento foi obtido pelo âncora da CNN Leandro Magalhães.
Luciane Barbosa Farias é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, preso em dezembro de 2022. Ela e o marido foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa.
Ele cumpre 31 anos no presídio de Tefé (AM). Ela foi sentenciada a 10 anos e recorre em liberdade.
As reuniões de Luciane no Ministério da Justiça foram com os secretários de Políticas Penais, Rafael Velasco; de Assuntos Legislativos, Elias Vaz; e com a coordenadora do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), Tamires Sampaio.
A informação sobre as reuniões foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo e confirmada pela rede CNN com integrantes da pasta.
“Ante à gravidade dos fatos narrados, contrários aos princípios que devem pautar a administração pública, em total afronta ao ordenamento jurídico, é de rigor que essa D. Procuradoria-Geral da República adote com a maior urgência medidas com vistas a coibir as ações do Ministro da Justiça e Segurança Pública, bem como para que sejam apurados os fatos e as responsabilidades civil e criminal dos envolvidos”, diz a representação apresentada por Flávio Bolsonaro.
A representação pede ainda “desde já, pelo imediato afastamento do exercício de seu cargo, por atos de suposto crime de responsabilidade de abuso de autoridade, desvio de finalidade, prevaricação, condescendência criminosa e advocacia administrativa”.
O ministro Flávio Dino falou sobre o assunto nas redes socais. “Nunca recebi, em audiência no Ministério da Justiça, líder de facção criminosa, ou esposa, ou parente, ou vizinho. De modo absurdo, simplesmente inventam a minha presença em uma audiência que não se realizou em meu gabinete. Sobre a audiência, em outro local, sem o meu conhecimento ou presença”, escreveu.
O secretário de Assuntos Legislativos do MJ, Elias Vaz, divulgou nota sobre a reunião. Ele confirmou o encontro, mas afirmou que ele se deu na esteira de uma agenda com um ex-deputado.
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