Governo licitou R$ 46,6 milhões em buffet no ano passado. Em janeiro, abriu pregão de R$ 263,9 mil para abastecer as geladeiras oficiais
O governo Flávio Dino (PCdoB) adotou uma maneira astuta, mas não menos onerosa aos cofres públicos do que fazia sua antecessora, Roseana Sarney (MDB), para gastos do Palácio dos Leões com comida. Em vez de apenas uma licitação que abarque todo o dispêndio, foi feito um rateamento: uma para os comensais, outra exclusiva para as residências oficiais.
O primeiro passo foi dado ainda no ano passado, por meio de um pregão presencial para registro de preços, fechado ao custo estimado de R$ 46,6 milhões para a contratação de empresa para prestação de serviços de buffet para eventos. O ATUAL7 mostrou que Dino, inclusive, mentiu sobre essa licitação durante o debate eleitoral da TV Mirante.
Segundo o edital, o valor exorbitante garante ao governo, até julho próximo, o total de 1.819.018 produtos alimentícios distribuídos aos convidados em 15 itens e contempla, por exemplo, 60.110 almoço ou jantar ao preço de R$ R$ 63,75 por cabeça, servidos em variedades de pratos frios de entrada, pratos quentes como refeição principal e diversas sobremesas. Se sobrar espaço na barriga e alguém estiver com sede, há ainda na lista bebidas frias, gasosas e coquetéis – sem álcool, pelo menos.
Também engloba lanches como refrigerantes (considerado pelo próprio governador do Maranhão como item de luxo ou supérfluo), coquetéis, chás, achocolatados, sucos, sorvetes, doces, gelatinas, frutas da estação, tábuas de frios, patês, bolos, crepes, coquetel de frutas, tortas, café com leite, mini-pizzas, canapés, quiches, tarteletes, mousses dentre outras iguarias.
O segundo passo foi dado pela gestão comunista no mês passado.
Também por meio de pregão presencial, foi aberta licitação para a contração de empresa para fornecimento de materiais de consumo, na espécie “gêneros alimentícios não perecíveis e perecíveis”, para atender as necessidades das residências oficiais do governo.
Embora de valor menor do que as tão criticadas e feitas por Roseana, a licitação de R$ 263,9 mil de Flávio Dino para abastecer as geladeiras dos Leões até o final de 2019 não contém lagosta, mas manteve no cardápio iguarias como 70 quilos de kiwi natural; mais de duas dezenas de pacotes queijo suave e cremoso, com oito unidades de 124 gramas, cada; 120 quilos de uva verde e vermelha sem caroço; 380 quilos de polpas de frutas; e, 200 garrafas de dois litros de refrigerante – item de luxo ou supérfluo, repisa-se, segundo o próprio governador.
A lista tem também mais de meia tonelada de pescada amarela fresca e sem contrapeso, filé e em posta; 220 quilos de galinha abatida fresca inteira, parte caipira; 200 quilos de peito, coxa e sobre coxa de frango; e mais de uma tonelada de carne bovina, suína e de ovinos.
Ainda segundo o edital, há 750 quilos de ração para peixe; e até mesmo 130 quilos de farinha seca e d’água, produto que o governo Dino alardeou no início do primeiro mandato que “nenhum quilo foi consumido no Palácio dos Leões pagos com recursos públicos”.
Fonte: Atual7
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