domingo, 4 de novembro de 2018
PLANOS DO FUTURO MINISTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA A BASE ESPACIAL DE ALCÂNTARA
O futuro ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil, o astronauta Marcos Pontes, defendeu a possibilidade de alugar a base espacial de Alcântara, no estado do Maranhão, a terceiros. A questão está em negociação entre o governo brasileiro e o governo dos Estados Unidos dentro do acordo bilateral de salvaguardas tecnológicas. Segundo o futuro ministro, a questão “não viola de modo algum a soberania do Brasil”.
“Podemos fazer aqui a mesma coisa que é feita pelo Centro Espacial Kennedy, que realiza lançamentos para outros países, com equipamentos de outros países. Existe a possibilidade de revisar tudo isso para ter um centro de lançamento comercial operacional “, disse Pontes, que enfatiza a possibilidade de criar novos empregos, atrair investimentos estrangeiros e desenvolver tecnologia e formar cientistas.
O centro de lançamento de Alcântara tem atualmente 900 funcionários. A base é usada para a preparação de foguetes suborbitais, usados para fins científicos e mantidos em um ambiente de microgravidade por alguns minutos. A base sofreu um grave acidente em 2003, com a explosão de um lançador brasileiro que tirou a vida de 21 pessoas. Por essa razão, foram investidos 120 milhões de reais (cerca de 30 milhões de euros) para a reconstrução da torre de lançamento e a ampliação dos sistemas de segurança do local espacial.
O objetivo do governo do presidente Michel Temer é concluir o acordo com os Estados Unidos no final deste ano e permitir que os recursos investidos e obtidos com o uso de Alcântara siano comercial, pelo menos triplique os recursos do programa espacial brasileiro, que tem agora com cerca de 140 milhões de reais por ano.
“O fato é que o Brasil tem a capacidade de fazer tudo e tem uma base muito bem localizada, extremamente operativa que gere mais conhecimento, mais tecnologia”, disse Pontes, que explicou como o projeto poderia contribuir para o desenvolvimento da região nordeste, a mais pobre do Brasil “, podemos usar a tecnologia para ajudar o desenvolvimento social. Uma base desse tipo poderia criar novos empregos, novas empresas, muitas coisas para essa região “.
O candidato conservador, Jair Bolsonaro, foi eleito presidente da República do Brasil no segundo turno em 28 de outubro. Bolsonaro venceu o candidato do Partido Trabalhista (PT), Fernando Haddad, com 55,13% dos votos válidos, contra 44,87% dos votos válidos.
(Com dados meteoweb)
Por
Aquiles Emir
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